Justiça manda Record recontratar o repórter Arnaldo Duran.

Com doença rara, ele tinha sido demitido em 2023.

Arnaldo Duran Foto: Reprodução/ Print de vídeo YouTube Bispo Edir Macedo

Nesta segunda-feira (6), a 89ª Vara do Trabalho de São Paulo concedeu uma liminar que obriga a Record a recontratar o jornalista Arnaldo Duran. Ele tinha sido demitido em dezembro de 2023. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo.

A decisão desta segunda foi assinada pela juíza Daniela Mori. Segundo a magistrada, a Record discriminou o profissional ao dispensá-lo.

Mori apontou que as provas nos autos do processo mostram que Duran foi desligado por ter uma doença rara.

A juíza determina a reintegração do jornalista em 48 horas e o restabelecimento do seu plano de saúde no mesmo período. O tempo conta a partir do momento em que a emissora for intimada.

Caso a Record se negue a cumprir a decisão, a Justiça decretou multa diária de R$ 50 mil.

– A documentação dos autos é robusta e suficiente para concluir que a ré dispensou o autor de forma discriminatória. Considerando-se tais premissas, a atitude da ré de dispensar um trabalhador doente e que presta serviços há 17 anos, evidencia desprezo e desrespeito à dignidade humana e à finalidade social do trabalho – disse Mori.

Em 2016, Arnaldo foi diagnosticado com ataxia espinocerebelar do tipo 3, uma doença degenerativa do sistema nervoso, também chamada de síndrome de Machado-Joseph ou “doença do tropeção”. Entre os sintomas estão a falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e a perda de equilíbrio.

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