Cristãos iranianos em perigo em meio ao conflito com Israel.

Conflito afeta cristãos perseguidos em todo o Oriente Médio.

Ataque iraniano contra Israel Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

Nas primeiras horas desta sexta-feira (13), Israel lançou a Operação Leão em Ascensão, um ataque preventivo em larga escala envolvendo mais de 200 aeronaves e operações secretas de sabotagem contra a infraestrutura nuclear e militar do Irã. Os ataques teriam matado altos comandantes da Guarda Revolucionária, incluindo o general Hossein Salami e o major Mohammad Bagheri, além de cientistas nucleares.

Dezenas de civis também ficaram feridos, incluindo crianças, nas explosões em Teerã e Isfahan. Em retaliação, o Irã lançou mais de 100 drones contra Israel. Toda a região está agora em alerta máximo, com o espaço aéreo interrompido, os preços do petróleo disparando e crescente pressão internacional por uma desescalada.

Em meio a essa crise, a minoria cristã no Irã enfrenta um perigo particular. Sob o regime teocrático iraniano, os cristãos, especialmente os convertidos do islamismo, já vivem sob severas restrições. Observadores da liberdade religiosa apontam que os cristãos de origem muçulmana “enfrentam graves violações da liberdade religiosa”, sendo frequentemente vistos como ameaças influenciadas pelo Ocidente.

 

Com as tensões agora explodindo entre Irã e Israel, os cristãos iranianos estarão ainda mais vulneráveis à suspeita e repressão. A instabilidade também afeta cristãos perseguidos em territórios vizinhos como Iraque, Síria e Cisjordânia, parte dos territórios palestinos.

– Todas as fronteiras estão fechadas, assim como todos os postos de controle. Isso significa que não podemos nos deslocar de um lugar para outro. Muitas pessoas estão agora presas na fronteira – disse um cristão da Cisjordânia.

Ele acrescenta que, com medo de ficarem sem alimentos, “as pessoas estão tentando comprar comida, bebidas e combustível”. Os cristãos no Oriente Médio já vinham sofrendo muito por causa das consequências da guerra entre o Hamas e Israel. Os novos ataques agravam a situação da igreja local.

*Com informações da organização Portas Abertas

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