Novo chefe militar do Irã diz que “portas do inferno se abrirão”.
General Mohammad Pakpur disse que Israel “preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo”.

O novo comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Mohammad Pakpur, declarou nesta sexta-feira (13) que “as portas do inferno se abrirão em breve para os sionistas”, em suas primeiras declarações como líder do corpo militar de elite após o assassinato de seu antecessor.
A declaração ocorreu em uma carta endereçada ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, segundo a imprensa iraniana. Pakpur substituiu como chefe do corpo militar de elite o general Hossein Salami, que foi morto nos ataques israelenses lançados esta madrugada contra infraestruturas nucleares e militares iranianas.
A imprensa iraniana não divulgou mais detalhes sobre a carta do novo comandante do corpo militar de elite, que pouco antes havia emitido uma declaração prometendo vingança contra Israel.
Além de Salami, os ataques aéreos contra cerca de 100 alvos iranianos mataram o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mohamed Hossein Baqeri, entre outros oficiais militares.
Khamenei nomeou, nesta sexta, Pakpur como comandante-chefe da Guarda Revolucionária e o general Abdorrahim Mousavi como o novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
A ofensiva também matou cerca de 70 pessoas e feriram mais de 300, segundo informações da agência de notícias Fars, que não foram confirmadas pelas autoridades. Entre os alvos estava a principal usina de enriquecimento de urânio do Irã, localizada na cidade de Natanz, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Por sua vez, o presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, prometeu uma “resposta contundente” a Israel.
– A nação iraniana e as autoridades do país não permanecerão em silêncio diante deste crime, e a resposta legítima e contundente da República Islâmica do Irã fará com que o inimigo se arrependa de sua ação insensata – disse Pezeshkian, em um discurso televisionado.
*EFE