Irã se pronuncia e afirma: “Não fomos os iniciadores da guerra”.

País persa emitiu nota com retórica inflamada contra os israelenses.

Prédio atingido por bombardeio em Teerã Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

O governo do Irã divulgou, nesta sexta-feira (13), um comunicado oficial após o ataque realizado por Israel que teria atingido instalações militares e nucleares no território iraniano, resultando na morte de líderes militares e cientistas do país. Na nota, o regime iraniano afirma que “não foi o iniciador da guerra” e promete uma resposta ao que classificou como uma operação “covarde”.

– A vingança está próxima; mais próxima do que a veia jugular dos terroristas sionistas. Esta é a voz de uma nação e de um governo que convoca o mundo a testemunhar que não fomos os iniciadores da guerra, mas que o fim desta história será escrito pelo Irã – disse a mensagem do governo iraniano.

O ataque de Israel ocorre em meio a uma crescente tensão regional e tem como pano de fundo as preocupações de segurança israelenses em relação ao programa nuclear iraniano. Para Teerã, que usou de uma retórica inflamada, a operação de Israel representa uma violação da soberania nacional iraniana e uma tentativa de minar os canais diplomáticos em andamento.

Embora o Irã insista, em sua nota de resposta ao ataque, que sua postura é defensiva e reafirme que “nos últimos 200 anos nunca iniciou uma guerra”, o país é notoriamente conhecido por financiar grupos armados e milícias no Oriente Médio, o que gera desconfiança internacional sobre suas reais intenções militares.

Ao fim da mensagem, os iranianos dizem que tomarão “as medidas defensivas, políticas e legais necessárias para fazer com que o Israel ilegítimo se arrependa e tornará o sono proibido para os sionistas” e que transformarão “a violação da soberania nacional do Irã no pecado imperdoável do Israel usurpador”.

– A defesa desta terra, água, céu, crianças, comandantes, cientistas e todos os cidadãos é responsabilidade e dever do Governo da República Islâmica do Irã e de suas forças armadas, nas quais não vacilaremos um pingo – finaliza o Irã.

Por Paulo Moura

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