Brasileiro e ativistas do navio de Greta podem ficar um mês presos.
Grupo de oito pessoas segue detido em Israel.

Os oito ativistas da Flotilha da Liberdade que ainda não foram deportados e seguem detidos em Israel, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, podem permanecer no país por até um mês, segundo informou sua equipe jurídica nesta quarta-feira (11).
– O tribunal marcou uma revisão de acompanhamento de custódia para 8 de julho de 2025, às 9h, caso a deportação não ocorra antes disso. Deste modo, o tribunal permite que as autoridades estendam arbitrariamente a detenção, possivelmente por um mês (…) sem maior supervisão judicial e em clara violação do direito internacional – diz o grupo jurídico palestino Adalah, que representa os ativistas em Israel.
Dos 12 ativistas que viajavam a bordo do Madleen, um navio da Flotilha da Liberdade que tentava romper o bloqueio israelense contra a Faixa de Gaza, quatro aceitaram ser deportados, mas os demais se recusaram a assinar a deportação voluntária e foram encaminhados a um tribunal.
Além de Thiago Ávila, os sete ativistas que permanecem em Israel são Suayb Ordu, da Turquia; Mark van Rennes, da Holanda; Pascal Maurieras, Reva Viard, Yanis Mhamdi e Rima Hassan, da França; e Yasemin Acar, da Alemanha.
Os quatro que aceitaram a deportação e já deixaram o país foram a ambientalista sueca Greta Thunberg, o ativista espanhol Sergio Toribio, o jornalista francês Omar Faiad e o ativista francês Baptiste André.
A Flotilha da Liberdade estava a caminho da Faixa de Gaza quando foi interceptada por forças israelenses na manhã da última segunda (9), e o Exército escoltou o barco até o porto israelense de Ashdod, onde os tripulantes foram detidos.