De aliados a desafetos: Como elo entre Trump e Musk se rompeu.

Presidente e bilionário tem protagonizado embates públicos desde saída de Musk do DOGE.

Donald Trump e Elon Musk

Eles eram grandes aliados, mas hoje, são grandes desafetos. O homem mais rico do mundo, Elon Musk, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm protagonizado embates públicos recentemente, em um atrito que chegou a ponto de o bilionário sugerir um impeachment do chefe da Casa Branca que ele mesmo ajudou a eleger.

A situação passou de um clima de amizade para hostilidade rapidamente, e muitos se perguntam: “Como isso aconteceu?”. Por esse motivo, o quadro Entenda, do Pleno.News traz, nesta sexta-feira (6), um apanhado de acontecimentos que explicam essa situação.

CAMPANHA E VITÓRIA
Durante a corrida presidencial de 2024, Musk não escondeu seu alinhamento político e até mesmo afinidade pessoal com o candidato do Partido Republicano. Muito pelo contrário, chegou a doar quase 300 milhões de dólares (R$ 1,6 bilhão) ao partido a fim de ajudar a impulsionar Donald Trump.

Primeiramente, porque Elon era um “funcionário especial do governo” e tinha um contrato voluntário de somente 130 dias com a administração federal. Além disso, precisava se concentrar em suas diversas empresas, que incluem SpaceX, Tesla e X. Além disso, o bilionário discordava de alguns pontos das políticas fiscais de Trump, tendo chegado a criticar, por exemplo, a guerra tarifária promovida pelo republicano ao redor do mundo.

A saída, oficializada no último dia 30 de maio, foi pacífica e recheada de votos de amizade. O presidente afirmou que o DOGE continuaria existindo, e que Musk seguiria tendo livre acesso à Casa Branca como seu amigo e conselheiro.

CONFLITO
No entanto, o clima diplomático não durou muito tempo. No dia seguinte, Trump anunciou sua decisão de retirar a indicação do aliado de Musk, Jared Isaacman, para chefiar a Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), algo que o bilionário lamentou.

A réplica veio quando Trump disse estar “muito desapontado com Elon” e sugeriu que ele mudou de postura após saber que o projeto pode enfraquecer obrigações ligadas a veículos elétricos. Trump também afirmou que preferia que Musk o tivesse criticado, mas não o seu projeto de lei tributário que, de acordo com ele, é fundamental para cortar impostos.

O chefe da Casa Branca pontuou que teve uma ótima relação com o magnata no governo, mas não sabia se as coisas continuariam assim, frisando que Elon sentirá falta do Salão Oval. O republicano ainda chamou o ex-colega também de “louco” e ameaçou quebrar contratos do governo com as empresas administradas por ele.

O CEO da Tesla reagiu, alegando que o governo pode manter os cortes nos incentivos para veículos elétricos e energia solar, desde que tire essa “montanha de vergonhosos gastos extravagantes do projeto”.

Após a situação chegar a esse ponto crítico, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aconselhado por assessores a amenizar as coisas. Ele disse que “está tudo bem” entre ele e o magnata, em entrevista contato ao site Politico.

Segundo o portal, uma conversa de telefone entre os ex-aliados foi marcada para esta sexta-feira (6) a fim de que eles busquem fazer as pazes. À CNN, contudo, Trump afirmou que não pensa muito em Musk, que o “coitado tem um problema”, e que não deve falar com ele durante um tempo.

Por Thamirys Andrade

PLENO.NEWS

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