Macron cobra Lula sobre Ucrânia: “Há um agressor e um agredido”.

Presidente francês defendeu que não pode haver neutralidade em relação à guerra.

Presidentes Lula e Macron em coletiva de imprensa em Paris Foto: EFE/EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON / POOL

Apesar das demonstrações de proximidade e harmonia para com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder francês, Emmanuel Macron, adotou um tom de exortação com o petista ao abordar o tema da guerra na Ucrânia. Em coletiva de imprensa conjunta com o brasileiro, o chefe de Estado europeu defendeu que não cabe neutralidade nessa questão, frisando que a Rússia é a agressora, e a Ucrânia a agredida.

– Há um agressor, a Rússia, e um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz, mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade. A proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo foi aceita pelo presidente [da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky, em março e ela continua a ser recusada pelo presidente [Vladimir] Putin. Ele iniciou a guerra e não quer um cessar-fogo – cravou Macron.

O presidente francês argumentou que o Brasil tem um “papel muito importante a desempenhar na iniciativa” para um cessar-fogo, articulado com a China.

Apesar da fala de Macron, Lula evitou fazer críticas diretas à Rússia, país onde esteve no último mês para comemorar as celebrações dos 80 anos do Dia da Vitória sobre os nazistas. Ele limitou-se a afirmar que, no começo do conflito, o “Brasil se posicionou contra a ocupação territorial que a Rússia fez no território ucraniano e ao mesmo tempo o Brasil se posicionou contra a guerra”. Também mencionou que o “Brasil e a China construíram um documento e uma proposta de 13 países emergentes para discutir um grupo de amigos e tentar encontrar uma solução”.

Lula ainda condenou a operação feita com drones pela Ucrânia em território russo no último domingo (1°), uma ação que foi comparada por analistas com a estratégia do cavalo de troia e que foi capaz de destruir 41 aeronaves de guerra com capacidade nuclear, sem causar vítimas e com baixo custo operacional. Saiba mais sobre a Operação Teia de Aranha aqui.

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