Motociclistas fizeram um cortejo até o Cemitério de Inhaúma, na Zona NorteReprodução

 
Rio – Um intenso tiroteio seguido de queima de fogos marcou, nesta terça-feira (3), a despedida do chefe do tráfico do Complexo do Alemão, Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, de 37 anos. Para o sepultamento, motociclistas realizaram um cortejo saindo da comunidade até o Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.
Em imagens que circulam nas redes sociais é possível ver traficantes atirando para o alto, fogos de artifício e dezenas de motociclistas reunidos a caminho do enterro. Na noite de segunda-feira (2), o velório foi realizado dentro da comunidade Fazendinha, na localidade conhecida como “Campo do seu Zé”. No local, havia um corredor com tapete vermelho cercado de várias coroas de flores.
Veja vídeo:
 

O enterro ocorre no mesmo dia em que a Polícia Civil realiza uma operação contra lavagem de dinheiro do Comando Vermelho (CV). Foragido desde 2018, o traficante era considerado uma das lideranças da facção e responsável pelo transporte e aquisição de armas, drogas e munição para a quadrilha.

Segundo a Polícia Civil, Professor é uma das figuras centrais da engrenagem financeira do Comando Vermelho, responsável por eventos como o “Baile da Escolinha”, que funcionava como ferramenta de dominação cultural e captação de recursos para o tráfico de drogas e armas.

Mesmo com sua morte, a instituição esclarece que sua importância dentro do esquema permanece clara, sobretudo na consolidação da cultura do tráfico e na estruturação de empresas de fachada para dar aparência de legalidade ao dinheiro sujo. 

 
Professor tirou a própria vida
 
A amante do Professor contou que o criminoso estava embriagado e a ameaçou antes de atirar contra si mesmo na noite deste domingo (1). Em depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), a mulher contou que o chefe do tráfico do Complexo do Alemão estava passando por um período de depressão e costumava misturar remédios controlados com bebidas alcoólicas.
 
O DIA