Pelo menos oito pessoas ficaram feridas após serem atacadas no condado de Boulder, no Colorado, nos Estados Unidos, por um indivíduo com um lança-chamas caseiro enquanto participavam de uma marcha pró-Israel, em um incidente que o FBI descreveu como um “ataque terrorista” e cujo autor foi detido.

O agressor foi identificado como Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, do condado de El Paso, e foi levado a um hospital local para ser submetido a uma avaliação médica antes de ser preso sob múltiplas acusações, segundo informou a polícia do condado.

As autoridades apresentarão acusações contra Soliman nos próximos dias, disse o promotor público do condado de Boulder, Michael Dougherty, embora tenha se recusado a fornecer detalhes sobre os crimes específicos pelos quais será acusado.

De acordo com a emissora CNN, Soliman buscou asilo nos Estados Unidos e teve seu visto de entrada negado em 2005. O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, afirmou que Soliman está ilegalmente no país desde a expiração do prazo de seu visto de turista.

As autoridades já identificaram as oito vítimas, quatro mulheres e quatro homens, com idades entre 52 e 88 anos, que foram levadas a hospitais na Região Metropolitana de Denver.

De acordo com o site da rede de organizações judaicas do Colorado, trata-se de uma marcha realizada periodicamente desde a escalada do conflito em Gaza, em 7 de outubro de 2023, em “solidariedade à dor” dos reféns. Vários políticos, incluindo o governador do Colorado, Jared Polis, emitiram declarações classificando o ataque como “um ato de ódio”.

– Meus pensamentos estão com as pessoas que foram feridas e afetadas por este hediondo ato de terrorismo. Atos de ódio, de qualquer tipo, são inaceitáveis – escreveu Polis em uma publicação no X.

O ataque deste domingo ocorreu menos de duas semanas após o assassinato de dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington por um homem que também expressou apoio à Palestina após abrir fogo contra as vítimas. O autor desse ataque foi identificado como Elías Rodríguez, um filólogo de 30 anos de Chicago que havia expressado em um manifesto sua rejeição ao apoio dos EUA a Israel.

*EFE