Ataque perto de ponto de ajuda humanitária deixa 31 mortos em Gaza.

O exército israelita matou este domingo de madrugada 31 pessoas que aguardavam por alimentos em pontos de distribuição de ajuda humanitária em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, anunciou a Cruz Vermelha. Pelo menos outras 175 pessoas ficaram feridas.

Ataque perto de ponto de ajuda humanitária deixa 31 mortos em Gaza

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Notícias ao Minuto Brasil
 

Testemunhas relataram que as forças israelenses dispararam contra multidões a cerca de um quilômetro de um ponto de distribuição de ajuda administrado por uma fundação apoiada por Israel, segundo a agência norte-americana Associated Press (AP). 

Além dos mortos, cerca de 175 pessoas ficaram feridas, segundo o governo do grupo extremista Hamas, que controla Gaza desde 2007.

“As forças de ocupação israelenses cometeram um novo massacre contra civis famintos que haviam se reunido em locais designados para a distribuição da chamada ‘ajuda humanitária’”, declarou o governo de Gaza em um comunicado.

O Exército israelense ainda não se pronunciou sobre o incidente, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.

Fontes locais disseram que tanques israelenses abriram fogo contra “todos os civis” que se aproximaram de um ponto de distribuição no bairro de Tel al-Sultan, em Rafah.

A Defesa Civil de Gaza alertou que as equipes de resgate não conseguiam chegar ao local do ataque “devido ao extremo perigo”, já que as forças israelenses continuavam atirando contra áreas próximas aos centros de distribuição.

O hospital Al Wada, em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, registrou a morte de um cidadão de Gaza e 18 feridos — incluindo três crianças — perto de outro ponto de ajuda na área de Netzarim, após ataques israelenses na manhã de hoje.

“Está provado pelo sangue, por testemunhas oculares, por relatórios de campo e até por avaliações internacionais que o projeto de ‘distribuição de ajuda humanitária através de zonas tampão’ é uma iniciativa falha e perigosa”, acrescentou o governo do Hamas.

O número de mortos nos pontos de distribuição administrados pela Fundação Humanitária de Gaza — apoiada pelos Estados Unidos e por Israel — subiu para 39, e o de feridos ultrapassou 220 em menos de uma semana, segundo as autoridades palestinas.

Organizações internacionais, como as Nações Unidas, vêm alertando para a situação de fome extrema vivida em Gaza devido ao bloqueio imposto por Israel ao enclave palestino, que abriga 2,4 milhões de habitantes.

A guerra em curso foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo radical palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortes e mais de duas centenas de sequestros.

Das 251 pessoas sequestradas na ocasião, 57 continuam em cativeiro em Gaza, sendo que pelo menos 34 já foram confirmadas como mortas, segundo as autoridades israelenses.

A retaliação de Israel já deixou mais de 54.300 mortos, destruiu praticamente toda a infraestrutura de Gaza e forçou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas.

por Notícias ao Minuto Brasil

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