Castro admite poder deixar cargo para disputar Senado em 2026.
“Possibilidade real”, disse o governador do Rio de Janeiro.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que tomará decisão sobre a renúncia do cargo entre fevereiro e março do ano que vem para poder disputar uma cadeira no Senado, que segundo ele é uma “possibilidade real”.
– A decisão será tomada com base em pesquisas e no cenário do ano que vem. Obviamente, não vou abandonar a gestão se não estivermos bem posicionados – disse em conversa com jornalistas durante o seminário Rio Summit do Grupo Lide em São Paulo, nesta segunda-feira (26).
Com a indicação de seu vice-governador, Thiago Pampola (MDB), – com quem já teve rusgas públicas no passado – ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Executivo fluminense passaria a ser comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
– Thiago já estava no meu radar há algum tempo. Foi deputado estadual por três mandatos, secretário de Estado três vezes, vice-governador. Diferente de outros estados, onde se indicou esposa, filho, familiares, nós indicamos alguém com trajetória política, com experiência de gestão – continuou Castro.
– A Constituição define a composição dos Tribunais de Contas: quatro indicados pelo Parlamento, três pelo Executivo, sendo dois deles técnicos – um da Procuradoria e outro do corpo de auditores. O TCE-RJ é o único do país com cinco técnicos e apenas um político. Está desbalanceado – apontou.
O governador fluminense também afirmou que colocar “alguém com vivência na gestão” ajuda a evitar que o tribunal se torne uma “corte punitivista”.
Ao assumir o cargo, o presidente da Alerj já contaria com um palanque e máquina pública para enfrentar suposta candidatura de oposição do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD).
*AE