Filipe Barros cobra governo por Hezbollah na tríplice fronteira.
Deputado solicitou informações após denúncia feita pelos Estados Unidos.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, deputado federal Filipe Barros (PL-PR), cobrou nesta quarta-feira (21) respostas urgentes das autoridades brasileiras diante da denúncia feita pelo governo dos Estados Unidos sobre a atuação do grupo terrorista Hezbollah na tríplice fronteira, região estratégica que abrange Brasil, Argentina e Paraguai.
As ações foram motivadas pelo anúncio recente dos Estados Unidos sobre a concessão de uma recompensa de até 10 milhões de dólares (R$ 56,4 milhões) por informações que levem à identificação de membros do grupo terrorista atuando na América do Sul. Diante da gravidade da denúncia, Barros encaminhou requerimentos formais a diversos órgãos do governo federal.
À Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), o deputado solicitou informações sobre o monitoramento de organizações transnacionais na região, possíveis vínculos do grupo com facções criminosas brasileiras e o grau de cooperação com agências internacionais.
Já ao Ministério da Justiça, o político pediu dados sobre investigações em andamento, colaboração com autoridades estrangeiras e as ações efetivas da Polícia Federal e do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) na região da tríplice fronteira.
No campo financeiro, o deputado cobrou esclarecimentos ao Banco Central sobre movimentações suspeitas envolvendo fintechs e empresas de fachada, e requisitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) relatórios de operações financeiras atípicas, além da identificação de possíveis entraves regulatórios que possam estar atrapalhando no combate aos crimes.
Também foi direcionado um pedido ao Ministério das Relações Exteriores, questionando o silêncio diplomático do Brasil diante da nota oficial dos EUA e a ausência de articulação com os governos da Argentina e do Paraguai, o que, segundo Barros, pode comprometer a imagem internacional e a soberania nacional.
– O momento exige transparência, vigilância e ação firme. O Brasil não pode se tornar refém de interesses obscuros nem se omitir diante de ameaças sérias à nossa segurança e soberania – declarou o parlamentar em seu perfil no X.