Kremlin admite encontro entre Putin e Zelensky, mas tem uma condição.

A posição da presidência russa surge após Zelensky ter apelado, sem sucesso, à participação de Putin nas negociações em Istambul, na Turquia, esta semana. 

Kremlin admite encontro entre Putin e Zelensky, mas tem uma condição

© Sergey Bobylev / RIA Novosti/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto Brasil

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitiu neste sábado a possibilidade de um encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — mas ressaltou que, antes disso, é necessário alcançar “determinados acordos”. 

A declaração da presidência russa vem após Zelensky ter feito, sem sucesso, um apelo para que Putin participasse das negociações realizadas em Istambul, na Turquia, nesta semana.

“Uma reunião desse tipo, como resultado do trabalho das delegações de ambos os lados, se determinados acordos forem alcançados, é possível”, afirmou Peskov a jornalistas, segundo a agência estatal russa TASS.

O porta-voz reiterou que o encontro entre os dois líderes só deve acontecer depois que houver resultados concretos nas negociações entre as delegações russas e ucranianas.

Além disso, Moscou afirmou que novas rodadas de conversas com a Ucrânia só serão possíveis após a conclusão da troca de prisioneiros, anunciada por ambas as partes na sexta-feira.

“O que as delegações acordaram ontem [sexta-feira] ainda precisa ser implementado”, disse Peskov, destacando que a troca de prisioneiros é a prioridade no momento.

“Concordamos em trocar listas de condições para um cessar-fogo. A parte russa irá preparar e entregar essa lista, e a trocará com a parte ucraniana”, afirmou. Ele também alertou que as próximas negociações ocorrerão em sigilo absoluto.

“O que será incluído nessas conversas não deve ser revelado publicamente”, disse. “As negociações vão continuar, mas serão realizadas a portas fechadas”, completou.

As delegações da Rússia e da Ucrânia se reuniram na sexta-feira, em Istambul, para a primeira rodada de negociações diretas de paz desde a primavera de 2022.

Durante o encontro, foi acordada uma “troca massiva de prisioneiros de guerra”, com mil soldados de cada lado. Esta será a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, em 24 de fevereiro de 2022.

Enquanto isso, Kyiv e seus aliados ocidentais continuam pedindo que Moscou aceite um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia. No entanto, a Rússia tem rejeitado essa proposta, alegando que uma pausa nos combates permitiria ao exército ucraniano se rearmar com ajuda do Ocidente.

por Notícias ao Minuto Brasil

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