VÍDEO: PM suspeito de matar pintor a tiros em Nova Iguaçu é preso.
Vinicius Pacheco Rodrigues, o Lico, de 37 anos, se entregou na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

Homicídio aconteceu na frente de centenas de pessoasReprodução / Redes Sociais
Rio – O policial militar Vinicius Pacheco Rodrigues, o Lico, de 37 anos, suspeito de assassinar a tiros o pintor Jorge Mauro Ruas de Paiva, 51, em um bar de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi preso, nesta quinta-feira (15).
Ele se entregou, na companhia de advogados, na sede da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), em Belford Roxo. Contra o PM, lotado no 41º BPM (Irajá), havia um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça do Rio na última terça-feira (13).
O crime ocorreu na esquina das Ruas Santa Eugênia e Manoel Henrique, no bairro Comendador Soares, por volta das 2h do último sábado (10). O caso foi flagrado por imagens de uma câmera de segurança do bar, que mostram o agente andando na direção da vítima com uma arma em uma mão e um copo de bebida na outra. Jorge foi morto à queima-roupa, com pelo menos três disparos, no momento em que acontecia um evento no estabelecimento.
Veja o vídeo:
Nas redes sociais, a sobrinha do pintor, Monique Monteiro, afirmou que a vítima não tinha ligação com crime e não se envolveu em conflitos antes de ser atacada.
“Meu tio estava nesse bar celebrando uma reinauguração, depois de um dia cheio de trabalho e foi brutalmente assassinado sem defesa. Não teve luta, não teve nada. Só esse assassino andando no meio da multidão, segurando uma arma e disparando contra ele, sem defesa. Meu tio não era bandido, era trabalhador. Até quando a gente vai ser desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger a gente? Esse cara é um policial. Você acha que é a primeira vez que ele matou alguém assim? Do nada. Não teve nenhuma discussão no bar, estava todo mundo tranquilo”, lamentou.
Monique ainda destacou que Jorge deixa a mulher e três filhos. Além disso, pontuou que a avó, mãe da vítima, teve que enterrar o filho na véspera do Dia das Mães.
“Era um homem honesto, pai de família. Criou três filhos maravilhosos honestamente. Era um filho muito amado, presente. Marido… Uma pessoa que nunca vai ser esquecida, mas isso não poderia ter acontecido e minha família precisa de justiça. Minha avó, de cabeça branca, tendo que enterrar o filho dela um dia antes do Dia das Mães. Meu primo tendo que carregar o caixão do pai dele, um dia do aniversário dele. A minha família nunca mais vai esquecer isso. Até quando Nova Iguaçu, Comendador Soares, vai ser esquecida e abandonada?”, desabafou.
Por nota, a PM informou que um processo apuratório foi instaurado e que está colaborando com as investigações junto à Polícia Civil. Além disso, a corporação reforçou que “não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.
O DIA