Índia e Paquistão trocam tiros na Caxemira pelo oitavo dia seguido.

Conflito entre os dois países ocorre na chamada “Linha de Controle”.

Soldados paramilitares da Índia em operação na Caxemira indiana Foto: EFE/EPA/FAROOQ KHAN

Forças de Índia e Paquistão se enfrentaram pelo oitavo dia consecutivo nesta sexta-feira (2) ao longo da chamada Linha de Controle (LoC) na disputada região da Caxemira, após o ataque de 22 de abril na parte da região administrada por Nova Déli, no qual 26 pessoas morreram.

Segundo um comunicado divulgado nesta sexta pelo Ministério da Defesa indiano, as forças paquistanesas começaram a trocar tiros de armas não provocados na noite passada nos setores de Kupwara, Baramulla, Poonch, Naushera e Akhnoor, no território indiano de Jammu e Caxemira.

 

– As tropas do Exército indiano responderam de maneira calibrada e proporcional – disse o comunicado.

A Índia acusou o Paquistão, sem apresentar nenhuma evidência até agora, de estar por trás do ataque na Caxemira, uma região cuja soberania tem sido disputada por ambas as potências nucleares desde sua divisão em 1947, após sua independência do Império Britânico. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, prometeu que seu país caçará os responsáveis ​​pelo ataque e seus patrocinadores.

Segundo disse à Agência EFE um oficial da polícia que manteve o anonimato, as operações de segurança na parte indiana desta região do Himalaia continuaram na noite desta quinta (1°), quando cerca de 20 locais foram invadidos em Srinagar, a principal cidade do território.

As tensões na fronteira também se espalharam para o nível diplomático. Nova Déli e Islamabad responderam ao ataque com uma série de medidas punitivas, incluindo a suspensão unilateral do Tratado das Águas do Indo, um documento fundamental que rege a distribuição dos recursos hídricos do Indo desde 1960 e que resistiu a desafios bilaterais anteriores.

Esta semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, conversou com altos funcionários de Nova Déli e Islamabad em meio à escalada, uma das mais tensas dos últimos anos.

*EFE

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