No Dia dos Povos Indígenas, lideranças reforçam luta contra marco temporal e invasões.

Marcha pelos direitos dos povos indígenas, em Brasília – Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
“Ainda somos vistos como invasores no nosso território, estrangeiros na nossa própria casa”, resume Tamikuã Txihi, multiartista indígena e educadora socioambiental.
E desta forma, indíginas seguem cobrando seus direitos em meio a ameaças constantes como o Marco Temporal e em meio as comemorações, o clima é de medo, incertezas e alerta.
O marco temporal limita o direito à terra, apenas às comunidades indígenas que estivessem ocupando os territórios em 1988, ano da promulgação da Constituição. Embora a tese tenha sido derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023, propostas como a Lei 14.701 mantêm a restrição e seguem preocupando os povos originários.
Na tarde de quinta-feira (10), cerca de oito mil indígenas, representando 135 etnias de todo o Brasil, tentaram invadir o Congresso Nacional, em Brasília. O protesto aconteceu durante uma mobilização que cobra do governo Lula o cumprimento de promessas feitas às comunidades originárias.
Houve confronto com a guarda legislativa, que impediu o avanço do grupo ao plenário. Apesar da tensão e do uso de barreiras físicas, não houve detenções ou punições aos manifestantes.
Além disso, os territórios continuam sendo invadidos por garimpeiros ilegais. A extração clandestina de minerais como o ouro coloca em risco o meio ambiente e a vida das comunidades locais. Mesmo com ações de forças policiais especializadas, o combate aos crimes ambientais tem sido insuficiente para barrar a atuação de grupos criminosos.
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