As bolsas europeias abriram com quedas de cerca de 3% nesta quarta-feira (9) após a implementação das chamadas “tarifas recíprocas” impostas pelos Estados Unidos, com taxas de 104% para a China, 20% para a União Europeia e alíquotas adicionais de até 50% para mais de 50 outros países.

Na abertura dos mercados, o euro valorizou-se 1,07% em relação ao dólar; com cada unidade da moeda única europeia sendo negociada a 1,107 dólar (R$ 6,67). Por sua vez, a bolsa que mais caiu foi a de Milão, com queda de 3,46%, seguida por Frankfurt (-3,14%); Paris (-3%), Madri (-2,52%) e Londres (-2,44%).

Entre as bolsas asiáticas, os principais mercados de ações retornaram aos números vermelhos nesta quarta, com Tóquio liderando as quedas, em uma sessão altamente volátil. O principal índice do Japão, o Nikkei, despencou quase 4%, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 1,74%.

Por outro lado, o índice de referência da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, conseguiu se descolar da tendência e fechar em alta de 0,68%, após reverter sua forte queda na abertura. Por conta das novas quedas no mercado de ações de Tóquio, funcionários de alto escalão do Ministério das Finanças do Japão e do Banco Central japonês realizaram uma reunião de emergência.

Na China, as bolsas de valores de Xangai e Shenzhen permaneceram no verde, fechando com altas respectivas de 1,31% e 1,22%, por conta do suporte aos mercados anunciado por instituições de investimento estatais e planos de recompra de ações lançados por grandes corporações chinesas.

Já o índice de referência da Bolsa de Valores de Taiwan, o Taiex, caiu quase 6%, apesar da ativação de um fundo de estabilização por parte do governo taiwanês e após registrar sua maior queda intradiária de todos os tempos (-9,7%) na segunda-feira.

No Sudeste Asiático, uma região fortemente focada em exportações e particularmente afetada pelas tarifas de Trump, a maioria dos mercados de ações registrou perdas hoje, com Vietnã e Malásia puxando as demais, ambas caindo mais de 3%.

*EFE