O grupo terrorista Hamas entregou a militar israelense Agam Berger nesta quinta-feira (30) à Cruz Vermelha em uma cerimônia na qual expôs a refém em um palco e plateia preparados em uma praça devastada no norte da Faixa de Gaza. A milícia palestina já tinha agido dessa maneira no último sábado (25), quando liberou quatro militares israelenses.

Berger foi a primeira refém israelense entregue à Cruz Vermelha para sua transferência para território israelense nesta quinta. No sul de Gaza, foram liberados outros sete reféns, que incluem os israelenses Arbel Yehud e Gadi Moses, bem como cinco cidadãos tailandeses, em uma libertação caótica realizada em meio a milhares de moradores do enclave que foram ao local.

Pelo menos Yehud – já que o Exército israelense ainda não esclareceu se todos foram libertados ao mesmo tempo – entrou no comboio da Cruz Vermelha em frente à casa em ruínas do líder do Hamas na Faixa e ideólogo do ataque de 7 de outubro de 2023, Yahya Sinwar, que foi morto por tropas israelenses em outubro do ano passado.

Ali, no meio de uma praça com prédios devastados por bombas israelenses e duas grandes bandeiras palestinas penduradas nos esqueletos de dois deles, chegaram primeiro quatro jipes da Cruz Vermelha. Em seguida, três carros brancos sem emblemas chegaram à praça e dois funcionários da Cruz Vermelha foram até o local, onde um deles assinou um documento entregue ao Hamas.

Terroristas encapuzados e armados das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, estavam enfileirados ao lado do palco, junto com um mapa da Faixa de Gaza. A poucos metros de distância, o público carregava bandeiras do Hamas e da Palestina.

Dois minutos depois das 10h (horário local, 5h de Brasília), a militar israelense foi levada ao local pelos terroristas de um prédio situado atrás deles, vestida de verde militar. A jovem de 20 anos então subiu ao palco e cumprimentou o público ao lado dos membros do Hamas, mostrando um pôster emoldurado com o emblema das Brigadas Al Qassam.

*EFE