Os cinco tripulantes de um avião detidos em setembro do ano passado na Guiné-Bissau com 2,6 toneladas de cocaína — um brasileiro, dois mexicanos, um colombiano e um equatoriano — foram condenados a 17 anos de prisão pela Justiça do país africano.

Segundo relatos da imprensa local, na noite desta segunda-feira (6) os magistrados do Tribunal Regional de Bissau, capital do país, consideraram os réus culpados dos crimes de “tráfico de drogas” e “utilização ilícita” de aeronaves, mas decidiram absolvê-los do crime de “associação criminosa”.

A leitura da sentença estava originalmente marcada para 27 de dezembro, mas teve que ser adiada devido à suposta falta de guardas prisionais e policiais para transportar os réus, que permaneceram sob custódia policial desde sua prisão.

O caso remonta a 7 de setembro de 2024, quando a Polícia Judiciária da Guiné-Bissau apreendeu 2.633,1 quilos de cocaína a bordo de um avião procedente da Venezuela, em uma operação que foi a maior apreensão de drogas já registrada na história desse pequeno país insular da África Ocidental.

Os agentes relataram então que os 78 fardos de cocaína interceptados estavam em uma aeronave Gulfstream IV no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, em Bissau. A operação foi realizada em cooperação com a Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e o Centro de Análise e Operações Marítimas – Narcóticos (MAOC-N), sediado em Lisboa, capital de Portugal.

Durante o julgamento, os réus disseram que o avião estava indo para o Mali, mas pousou em Bissau por falta de combustível. Há muito consideradas áreas de trânsito para drogas produzidas na América Latina, as Áfricas Ocidental e Central se tornaram regiões de alto consumo, de acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

*EFE