“Eu me vejo assumindo o cargo”, diz Urrutia sobre presidência.

Líder oposicionista à ditadura de Nicolás Maduro apelou à pressão internacional para derrubar regime.

Edmundo González Urrutia e o ditador Nicolás Maduro Foto: EFE/ ARCHIVO

O líder oposicionista Edmundo González Urrutia, que liderou um evento com a participação virtual de María Corina Machado nesta terça-feira (9), um mês antes da data marcada para a posse do presidente eleito na Venezuela, afirmou que consegue se imaginar assumindo o cargo.

– Eu me vejo assumindo o cargo para o qual fui votado pela maioria dos venezuelanos – comentou González Urrutia no evento.

A oposição sustenta que González Urrutia é o vencedor da eleição presidencial e apresentou atas de votação que comprovariam que ele é o vencedor perante a autoridade eleitoral venezuelana, que proclamou a vitória de Nicolás Maduro sem publicar documentação suficiente para provar a lisura do processo.

A fala de González Urrutia foi uma resposta a uma pergunta sobre os possíveis riscos de seu possível retorno à Venezuela para assumir a presidência, motivo pelo qual afirmou que “não se vai à guerra com medo”.

Exilado na Espanha, onde buscou asilo político depois de denunciar a fraude eleitoral em seu país, ele admitiu que “no momento, entre aqueles que ainda controlam o Estado venezuelano, não há disposição para respeitar a vontade dos cidadãos expressa nas eleições presidenciais”.

– Isso é comum em governos de fato, e também é comum que eles acabem abandonando o poder por meio de situações relativamente desesperadas ou não convencionais. Nossa mão continua estendida, pronta para facilitar uma transição ordenada e concertada. Embora isso não nos faça perder de vista a necessidade de continuar exercendo o máximo de pressão democrática e diplomática para realizar a mudança que os venezuelanos já decretaram. Precisamos do máximo apoio das democracias internacionais – comentou.

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