À Câmara, Corina pede que Brasil reconheça vitória de González.

Líder da oposição venezuelana falou em buscar transição ordenada.

María Corina Machado em videoconferência na Câmara dos Deputados brasileira Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, fez um pedido direcionado especificamente ao Brasil para que o governo Lula (PT) reconheça Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. A declaração ocorreu durante uma sessão da Comissão de Política Exterior e Defesa, realizada nesta terça-feira (3) na Câmara dos Deputados brasileira.

– O que esperamos é que o Brasil reconheça Edmundo González como presidente eleito para que se possa pressionar Maduro e que se dê conta de que sua melhor opção é uma transição ordenada e pacífica – afirmou Corina por videoconferência.

De acordo com ela, o ditador está “isolado, nacional e internacionalmente, fragilizado, sem recursos”. Corina ainda prometeu seguir firme em busca de uma transição ordenada. As informações foram divulgadas pela Agência France-Presse (AFP).

González também participou da reunião à distância. No momento, ele se encontra exilado na Espanha, após a Justiça venezuelana determinar sua prisão sob acusação de usurpação de funções, falsificação de documento público, associação para a prática de crime, formação de quadrilha e instigação à desobediência às leis.

Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) tenha anunciado Nicolás Maduro como vencedor do pleito, a entidade não apresentou provas e tem ignorado os pedidos da comunidade internacional pelas atas eleitorais.

A situação deixou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em saia-justa, pois Maduro é aliado de longa data do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chegou a ser recebido com honras em Brasília no último ano.

Assim, o Itamaraty buscou adotar um posicionamento de neutralidade, afirmando que não reconhecerá a vitória de nenhum dos dois candidatos enquanto o CNE não mostrar as atas eleitorais. A oposição apresentou cópias das atas que indicam a vitória de Urrutia, mas o governo Lula não as considera válidas.

A recusa do Brasil em endossar a vitória de Maduro levou a trocas de farpas entre o chavista e o petista, que foram amenizadas após Lula afirmar que Nicolás é um problema da Venezuela e não do Brasil. Recentemente, Maduro chegou a dizer que Lula é um “grande homem” e pediu aos brasileiros para cuidarem bem dele.

Por: Thamirys Andrade

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