As Forças de Defesa de Israel confirmaram nesta segunda-feira (2) que o grupo terrorista libanês Hezbollah disparou dois projéteis em direção ao norte de Israel, o primeiro ocorrido desse tipo desde que o cessar-fogo entre os dois lados entrou em vigor, no último dia 27 de novembro.

O Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo ataque em um comunicado, sem dar detalhes, e alegou que o alvo era uma posição israelense em Ruwaisat al Alam, na área de fronteira disputada de Kfar Chuba. Os terroristas afirmaram que o ato foi uma “resposta defensiva de alerta antecipado” ao que chamaram de repetidas violações dos termos do acordo de cessar-fogo.

De acordo com os militares israelenses, os dois projéteis caíram em áreas despovoadas perto do Monte Dov, sem causar vítimas. O jornal Haaretz afirmou que os dois projéteis eram morteiros. Desde que a trégua entrou em vigor, os dois lados têm se acusado mutuamente de violá-la, embora ela continue valendo e os ataques em áreas urbanas tenham sido drasticamente reduzidos.

Na manhã desta segunda, o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, acusou Israel de violar o cessar-fogo pelo menos 54 vezes e pediu ao comitê encarregado de monitorar a implementação da trégua que obrigue a saída dos militares israelenses do país.

Já o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, disse que Israel estava simplesmente “aplicando” o acordo, que exige a retirada dos combatentes do Hezbollah ao norte do Rio Litani e a retirada gradual das tropas israelenses do Líbano dentro de 60 dias.

Israel confirmou ter realizado vários ataques no Líbano nos últimos dois dias e disse que eles tiveram como alvo veículos militares próximos a uma fábrica de mísseis no leste do Vale do Bekaa.

*EFE