Assembleia de profissionais da educação do Rio decide início de greve na rede municipal.

Paralisação da categoria contra o Projeto de Lei Complementar 186 começa nesta segunda-feira.

Cerca de 1,8 mil pessoas participaram de assembleia que aprovou início da greve dos profissionais de educaçãoArmando Paiva/Agência O Dia

Rio – Profissionais da educação do Rio aprovaram, em assembleia, o início da greve na rede municipal, a partir desta segunda-feira (25). A categoria decidiu pela paralisação contra o Projeto de Lei Complementar 186/2024, que pode ser votado nesta terça-feira (26), na Câmara de Vereadores. O encontro aconteceu na quadra da escola de samba São Clemente, na Avenida Presidente Vargas, próxima à sede da prefeitura, na Cidade Nova, Região Central, e reuniu cerca 1,8 mil pessoas.

Profissionais de educação se posicionaram contra pacote de medidas apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara Municipal - Armando Paiva/Agência O Dia

Profissionais de educação se posicionaram contra pacote de medidas apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara MunicipalArmando Paiva/Agência O Dia

No último dia 12, outra reunião já havia aprovado a paralisação da categoria, caso a proposta não fosse retirada da pauta da Câmara. Além de representantes da categoria, a reunião contou com a presença do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), e do ex-deputado federal Cyro Garcia (PSTU). Ambos foram candidatos à Prefeitura do Rio nas eleições municipais de 2024, mas não se elegeram. Há ainda a participação do vereador eleito Leonel de Esquerda (PT).
Segundo o Sindicato dos Profissionais da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), a categoria se posicionou contra um pacote de medidas apresentado pelo prefeito Eduardo Paes à Câmara Municipal, o qual disse trazer “vários ataques graves aos servidores municipais”. A proposta prevê, entre outros pontos, a “necessária modernização de aspectos pontuais relativos ao regime jurídico dos servidores públicos, tendo em vista que o Estatuto dos Servidores é datado de 1979, carecendo de atualização para os tempos atuais”.
No texto do projeto, o prefeito do Rio justificou que a iniciativa permitirá que a administração municipal “incorpore melhores e mais adequadas práticas no desempenho de suas atividades, com maior segurança jurídica, evitando judicialização desnecessária e promovendo a eficiência no serviço público, com o melhor aproveitamento e valorização dos servidores”.
Em um comunicado, o Sepe afirmou que a medida retira e ataca direitos dos servidores municipais, como férias e licença especial, e faz com que os professores deem mais aulas, perdendo tempo de planejamento. “Uma crueldade, que rouba o tempo de quem educa. Exigimos que ele seja retirado e também a revogação da Lei 8.666, que amplia o prazo de duração dos contratos temporários para seis anos”. O sindicato ainda divulgou uma petição online contra a proposta, pedindo apoio dos profissionais, estudantes e responsáveis nas assinaturas.
No último dia 14, o Sepe enviou um ofício ao prefeito e ao secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, informando sobre a greve por tempo indeterminado, caso as demandas da categoria não fossem aceitas. Desde a última assembleia, profissionais e estudantes realizaram uma série de manifestações contra a proposta, uma deles em 19 de novembro, no Catete, Zona Sul, quando a cidade sediava a segunda reunião de cúpula dos líderes do G20, no Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, na mesma região.

Por:

ranoticias.com

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