Promotores dos EUA: Agentes do Irã planejaram matar Trump.
Declarações sobre o caso foram dadas nesta sexta-feira.
Nesta sexta-feira (8), promotores federais em Manhattan afirmaram que conspiradores iranianos discutiram um plano para assassinar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de ele ser reeleito.
Um dos conspiradores disse que foi designado em setembro para executar o plano pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, segundo informações dos promotores em documentos judiciais.
Um agente iraniano afirmou que foi instruído a deixar de lado outros esforços que estava realizando em nome da Guarda Revolucionária e “concentrar-se em vigiar e, por fim, assassinar” Trump, de acordo com uma queixa criminal apresentada no tribunal federal de Manhattan.
O agente disse a um funcionário da Guarda Revolucionária que esse plano custaria uma quantia “enorme” de dinheiro, segundo a denúncia. Em resposta, o funcionário disse: “Já gastamos muito dinheiro”. Ele teria acrescentado ainda que “dinheiro não é um problema”.
A nova denúncia apresentada também contém relatos de que as autoridades interromperam outro plano para assassinar Masih Alinejad, uma ativista dos direitos humanos do Brooklyn que há muito tempo critica a repressão do Irã às mulheres.
– As acusações anunciadas hoje expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atingir os cidadãos dos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes governamentais e dissidentes que criticam o regime de Teerã – apontou Christopher Wray, diretor do FBI, em um comunicado.
O Irã “tem conspirado com criminosos e assassinos para atingir americanos em solo americano e isso simplesmente não será tolerado”, de acordo com Wray.
Rivera e Loadholt foram apresentados perante um juiz federal em Manhattan nesta quinta-feira (7), e condenados a serem detidos enquanto aguardam o julgamento. Seus advogados não responderam imediatamente aos pedidos de comentários do New York Times.
Esta não é a primeira vez que Teerã, a capital iraniana, tenta matar Trump. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos detectaram um plano do Irã que seria executado durante a campanha do republicano.
Após ser informado sobre a ameaça, o governo Joe Biden alertou o Serviço Secreto, compartilhando detalhes com o responsável pela proteção do ex-presidente e com a campanha de Donald Trump.
O complô de Teerã decorre do desejo de vingança pela morte do general Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, considerado terrorista pelos Estados Unidos. O bombardeio que matou Sumeimani no Aeroporto de Bagdá, em 2020, foi ordenado por Trump, na época, presidente dos EUA. As informações são do Estadão e do jornal The New York Times.
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