Parlamento de Israel vota para banir trabalho de agência da ONU
UNRWA trabalha com refugiados palestinos
Na noite de segunda-feira (28), o Knesset (Parlamento israelense) aprovou duas leis, que entrarão em vigor dentro de três meses, que proíbem a atividade da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em Israel e limitam sua capacidade operacional nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e de Gaza.
O Parlamento israelense também aprovou um segundo projeto de lei que proíbe qualquer funcionário israelense ou entidade pública de estabelecer contato com a UNRWA ou seus funcionários, dificultando seu trabalho sobre o terreno nos territórios palestinos.
O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, tem enaltecido desde o início da guerra o trabalho da agência na distribuição de ajuda humanitária entre uma população faminta que ficou sem recursos em meio à ofensiva israelense.
– Isto não são apenas algumas maçãs podres, como o secretário-geral da ONU, [António] Guterres, tenta afirmar. A UNRWA em Gaza é uma árvore completamente podre infectada com agentes terroristas – afirmou a chancelaria israelense, em referência às acusações levantadas no último mês de janeiro contra um total de 12 trabalhadores temporários, os quais estavam vinculados ao massacre do Hamas de 7 de outubro.
A UNRWA foi criada em 1950 pela ONU e presta serviços sociais a mais de 5 milhões de refugiados palestinos – muitos descendentes das centenas de milhares de pessoas deslocadas pela criação do Estado de Israel – que agora vivem na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Síria e na Jordânia.
AJUDA HUMANITÁRIA SERÁ REALIZADA POR OUTRAS AGÊNCIAS
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou nesta terça-feira (29) que a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza não será reduzida após a aprovação de uma lei que limita as operações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) no enclave, algo que será compensado com o trabalho de outras agências internacionais.
*Com informações EFE
PLENO.NEWS