URGENTE: Presidente da Alerj propõe união nacional pela segurança do Rio
Estado convive com cenário de guerra em seu cotidiano.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), disse, em plenário nesta quinta-feira (24), que esse é um problema não apenas do Rio de Janeiro, mas do país. Deputados defendem também o fim da chamada “ADPF das Favelas”, medida que restringe as operações policiais.
Os deputados da Alerj repercutiram, durante a sessão plenária desta quinta, o intenso tiroteio na Avenida Brasil, deixando três pessoas mortas e três feridas, numa operação no Complexo de Israel para prender criminosos que atuam no roubo de carros e cargas. Na ocasião, os policiais tiveram de recuar diante do poder bélico dos criminosos.
Bacellar conclamou uma união nacional de forças de todos os poderes em prol da segurança do estado do Rio. Ele propôs uma reunião com a participação do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do governador do estado, Cláudio Castro (PL), dentre outras autoridades, a fim de discutirem iniciativas para a Segurança Pública no Rio.
– Passou da hora de a gente conversar. Precisamos chamar o presidente da República, o ministro da Justiça, o chefe da Polícia Federal, chamar o Supremo, os deputados, os governadores de estados e buscar uma solução nacional que comece pelo Rio de Janeiro. Isso se tornou um problema do Brasil, e o Código Penal tem de ser urgentemente reavaliado – disse o presidente da Alerj.
Ele ainda sugeriu que a deputada Tia Ju (Republicanos) leve esse pleito à União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), na qual exerce a vice-presidência da Região Sudeste. Em dezembro, a Alerj vai receber a Conferência Nacional da Unale e a expectativa é reunir os 1.059 deputados estaduais das 27 Casas Legislativas do Brasil.
– Conte com a Unale para essa união de forças – disse a parlamentar.
ADPF DAS FAVELAS
O presidente da Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia, deputado Márcio Gualberto (PL), que é policial civil, criticou a ADPF 635, que trata sobre operações policiais nas comunidades do Rio. O parlamentar afirmou que a medida restringe a atuação policial e propicia o desenvolvimento do crime organizado na cidade.
– A ADPF 635 não é responsável por todo esse caos na Segurança, mas sem dúvida ela trouxe problemas que nós não tínhamos até então. Com essa decisão liminar, o estado do Rio ganhou contornos trágicos na Segurança Pública, como o surgimento da “narcomilícia”, o aumento significativo das barricadas, o Rio de Janeiro virou local seguro para chefes de organizações criminosas de outros estados. Tudo isso está no relatório do Conselho Nacional de Justiça – afirmou Gualberto.
O deputado estadual Marcelo Dino (União Brasil), que é policial militar, também se colocou contrário à medida. Ele defendeu o endurecimento, na esfera federal, das leis referentes ao Código Penal.
– Essa ADPF não cabe aqui no Rio de Janeiro. Infelizmente, as leis hoje são brandas. Precisamos da ajuda dos nossos senadores e deputados federais para que eles comecem a endurecer as leis. Hoje, a nossa polícia está enxugando gelo – criticou.
Também discutiram o tema os deputados Luiz Paulo (PSD), Chico Machado (SDD), Thiago Gagliasso (PL) e Filippe Poubel (PL). Ao final da discussão, o presidente da Alerj pediu um minuto de silêncio em respeito às mortes das vítimas do tiroteio.
Por Marcos Melo
PLENO.NEWS
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