Declaração foi dada durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira.

O prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), disse que espera receber os votos dos eleitores que optaram por Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno. A declaração foi dada durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta segunda-feira (7).

Nunes indicou que ele e Marçal têm pontos em comum por serem candidatos que “reúnem o centro e a direita” e pensam igual sobre desestatização e parcerias público-privadas, além de “prezarem pela ordem”. O prefeito também disse que um encontro com o empresário ainda não é cogitado e que vai esperar “a poeira baixar”.

Ricardo Nunes ficou em primeiro lugar nas votações de domingo, com 29,48% dos votos. Já Marçal ficou de fora da disputa, com 28,14%, atrás de Guilherme Boulos, que é candidato do PSOL.

Ainda durante a entrevista nesta segunda, Nunes agradeceu os votos e disse esperar um segundo turno melhor. Ele se comprometeu a não fazer ataques pessoais, apenas discutir pontos de vista. Tentou se colocar como “diferente” de Boulos, seu oponente, afirmando que o psolista seria de extrema-esquerda e inexperiente em gestão.

Nunes também agradeceu o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem diz falar todos os dias, e diz esperar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareça aos atos de sua campanha.

O prefeito afirmou que Bolsonaro esteve muito ocupado pelo país durante o primeiro turno, mas que agora, com mais tempo, espera a presença do líder conservador, porém disse que ainda não se falaram.

O ex-presidente deve reforçar sua presença nas campanhas do PL no segundo turno, mas sua atuação em São Paulo ainda é incerta.

Aliados do prefeito atribuem seu desempenho positivo no primeiro turno ao governador Tarcísio, em meio a uma relação cheia de idas e vindas com Bolsonaro. Enquanto o prefeito foi criticado por esconder o ex-presidente na campanha, Bolsonaro foi questionado por não se envolver diretamente no processo.

O próprio Tarcísio também se manifestou, neste domingo (6), sobre uma possível aliança com Marçal na busca pela vitória de Nunes no segundo turno, e afirmou que seria “uma discussão para amanhã”.

O futuro político de Marçal, no entanto, é incerto. O empresário é alvo de ações nas esferas eleitoral e criminal, sendo a mais recente a acusação de divulgar um laudo falso para atacar Boulos — caso que pode torná-lo inelegível por até oito anos, além de resultar em uma possível pena de prisão por crime contra a honra e falsificação de documento.

Marçal já sinalizou que pode apoiar o prefeito. Em coletiva depois da divulgação dos resultados do primeiro turno, ele avaliou que os eleitores dele e do candidato do MDB são parecidos e que, se Nunes aceitar suas propostas sobre escolas olímpicas e educação financeira no ensino público, apoiará o prefeito oficialmente. As informações são do Estadão.

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