CAOS: Número de pessoas afetadas por incêndios florestais chega a quase 20 milhões

O Brasil tem enfrentado uma crise preocupante com os incêndios florestais que afetam milhares de pessoas e causam danos econômicos significativos. 

Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), até 30 de setembro de 2024, 18,9 milhões de brasileiros foram impactados diretamente pelos incêndios. Além disso, o prejuízo econômico ultrapassou R$ 2 bilhões, enquanto 684 cidades declararam estado de emergência.

Os dados disponíveis, apesar de ainda parciais, já revelam a gravidade da situação, com constantes atualizações feitas pela CNM. Entre agosto e setembro de 2024, houve um aumento alarmante nos casos, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este cenário desolador motivou 10,7 mil pessoas a deixarem suas casas, buscando abrigo em locais mais seguros.

Como os incêndios florestais afetam o Brasil?

A crescente ameaça de incêndios florestais representa uma crise multifacetada, não apenas de cunho ambiental, mas também social e econômico. Cinzas e fumaça poluem o ar, afetando a saúde respiratória das populações mais vulneráveis. Além disso, a devastação ambiental compromete a biodiversidade e ameaça espécies, como o tuiuiú, ave-símbolo do Pantanal, que busca proteger seus ninhos em meio aos incêndios.

Em termos sociais, o número de desabrigados pode ser ainda maior, pois muitos municípios ainda não relataram os dados completos. Além das perdas humanas, relatos confirmam que cinco pessoas perderam a vida devido às queimadas. Comparando os nove primeiros meses de 2023, com menos de 13 mil pessoas afetadas e prejuízos de R$ 36,1 milhões, a situação atual é muito mais crítica.

Quais medidas estão sendo tomadas para conter os incêndios?

Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, destacou a necessidade do envolvimento do governo federal na mitigação desses desastres. Ele defende ações estruturais e articuladas, considerando que cerca de 19 milhões de pessoas foram diretamente impactadas em quase todos os estados brasileiros nos últimos meses.

O combate aos incêndios demanda uma resposta coordenada, com investimentos em infraestrutura e pessoal capacitado para enfrentar situações de desastre. No entanto, o panorama atual demonstra a urgência de medidas mais eficazes para evitar que a situação se agrave.

A aprovação da PEC 31/2024 pode ajudar no combate às queimadas?

Em meio à crise, uma solução legislativa foi proposta. Trata-se da Proposta de Emenda Parlamentar (PEC) 31/2024, que sugere o estabelecimento de organismos como o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

  • O Conselho Nacional de Mudança Climática: Promoverá políticas para prevenir e mitigar os impactos ambientais.
  • A Autoridade Climática Nacional: Coordenará ações entre os governos federal, estaduais e municipais.
  • Fundo Nacional de Mudança Climática: Financiará iniciativas voltadas à preservação e combate a desastres naturais.

A CNM tem empenhado esforços na coleta de assinaturas para impulsionar a tramitação da PEC no Congresso Nacional, buscando assegurar uma resposta ágil e eficaz frente aos desafios climáticos do Brasil.

O que podemos esperar para o futuro do Brasil com essas medidas?

A implementação das propostas contidas na PEC 31/2024 pode revolucionar a maneira como o Brasil lida não só com incêndios florestais, mas também com questões climáticas de modo geral. A criação de um sistema mais robusto e interligado de gestão ambiental promete tornar o país mais resiliente diante dos desafios que vêm com as mudanças climáticas.

Em conversa com lideranças da sociedade civil, Ziulkoski tem reiterado que a luta contra os incêndios é uma ação coletiva. É fundamental aumentar a conscientização pública e o engajamento da comunidade na prevenção de incêndios. Sem essas medidas, o Brasil continuará vulnerável a tragédias ambientais e seus impactos colaterais.

Por: Terra Brasil Notícias

ranoticias.com

 

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