Netanyahu afirma que Israel continuará atacando Hezbollah

Declaração é feita após dois dias de forte escalada no conflito.

Netanyahu junto a militares israelenses em 2023 Foto: EFE/ Avi Ohayon/gpo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesta terça-feira (24), que Israel continuará atacando o grupo xiita Hezbollah, após dois dias de pesados bombardeios no sul e no leste do Líbano que já causaram a morte de mais de 500 pessoas.

– Continuaremos a atacar o Hezbollah. E eu digo ao povo do Líbano: nossa guerra não é contra vocês, é contra o Hezbollah (…). Eu lhes disse ontem para saírem das casas onde há um míssil na sala e um foguete na garagem. Quem tiver um míssil na sala e um foguete na garagem ficará sem casa – declarou o premiê israelense, em mensagem de vídeo, após visitar uma base de inteligência militar.

As palavras de Netanyahu foram divulgadas no segundo dia de uma intensa campanha de bombardeio israelense no sul e no leste do Líbano contra o que Israel diz serem munições e armas que o grupo xiita aliado do Irã está escondendo em zonas civis para atacar o território israelense.

Pelo menos 558 pessoas foram mortas (incluindo 50 crianças e 94 mulheres) e 1.800 ficaram feridas nos ataques, de acordo com a última contagem das autoridades libanesas.

Israel também bombardeou os subúrbios do sul de Beirute, a capital libanesa, duas vezes nos últimos dois dias.

O último bombardeio, há apenas algumas horas, teve como alvo um comandante do Hezbollah, Ibrahim Muhammad Kabisi, que as forças israelenses identificaram como o chefe da unidade de mísseis do grupo libanês. Israel alega que Kabisi foi morto no ataque.

Israel está envolvido em uma intensa troca de tiros com o Hezbollah desde 8 de outubro de 2023, quando o grupo xiita começou a atacar o norte do país em solidariedade aos grupos palestinos na Faixa de Gaza.

A situação tirou a vida de mais de 700 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 455 baixas, algumas na Síria.

Em Israel, 52 pessoas foram mortas no norte do país: 26 militares e 26 civis, incluindo 12 menores e adolescentes em um ataque nas Colinas de Golã.

*EFE

Deixe uma resposta