Netanyahu afirma que Israel continuará atacando Hezbollah
Declaração é feita após dois dias de forte escalada no conflito.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse, nesta terça-feira (24), que Israel continuará atacando o grupo xiita Hezbollah, após dois dias de pesados bombardeios no sul e no leste do Líbano que já causaram a morte de mais de 500 pessoas.
– Continuaremos a atacar o Hezbollah. E eu digo ao povo do Líbano: nossa guerra não é contra vocês, é contra o Hezbollah (…). Eu lhes disse ontem para saírem das casas onde há um míssil na sala e um foguete na garagem. Quem tiver um míssil na sala e um foguete na garagem ficará sem casa – declarou o premiê israelense, em mensagem de vídeo, após visitar uma base de inteligência militar.
Pelo menos 558 pessoas foram mortas (incluindo 50 crianças e 94 mulheres) e 1.800 ficaram feridas nos ataques, de acordo com a última contagem das autoridades libanesas.
Israel também bombardeou os subúrbios do sul de Beirute, a capital libanesa, duas vezes nos últimos dois dias.
O último bombardeio, há apenas algumas horas, teve como alvo um comandante do Hezbollah, Ibrahim Muhammad Kabisi, que as forças israelenses identificaram como o chefe da unidade de mísseis do grupo libanês. Israel alega que Kabisi foi morto no ataque.
Israel está envolvido em uma intensa troca de tiros com o Hezbollah desde 8 de outubro de 2023, quando o grupo xiita começou a atacar o norte do país em solidariedade aos grupos palestinos na Faixa de Gaza.
A situação tirou a vida de mais de 700 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 455 baixas, algumas na Síria.
Em Israel, 52 pessoas foram mortas no norte do país: 26 militares e 26 civis, incluindo 12 menores e adolescentes em um ataque nas Colinas de Golã.
*EFE