Biden: Mundo sabe verdade sobre fraude eleitoral na Venezuela
Presidente americano deu declarações nesta terça-feira.
Nesta terça-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a luta pela liberdade na Venezuela. Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, o democrata destacou que “os eleitores votaram por uma mudança” que “não pode ser negada”.
Biden se referiu assim às eleições de 28 de julho na Venezuela, nas quais o presidente Nicolás Maduro se declarou vencedor. A fala foi na parte final do discurso do chefe de Estado norte-americano, quando prestou homenagem aos “homens e mulheres valentes” que realizaram feitos como acabar com o apartheid na África do Sul ou derrubar o Muro de Berlim e os venezuelanos.
– Já vi isso em todo o mundo: os homens e mulheres valentes que acabaram com o apartheid, derrubaram o Muro de Berlim e lutam hoje pela liberdade, justiça e dignidade. Vimos essa jornada universal em direção aos direitos e à liberdade na Venezuela, onde os eleitores emitiram seus votos por uma mudança que não pode ser negada – afirmou.
O presidente americano acrescentou que “o mundo sabe a verdade” sobre o que aconteceu nas eleições venezuelanas, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou a reeleição de Maduro sem publicar os resultados desagregados, algo que gerou uma rejeição generalizada por parte da comunidade internacional.
Em seu discurso, Biden deu o seu exemplo pessoal para fazer um apelo aos diferentes líderes do mundo para que não se apeguem à permanência no poder.
O político de 82 anos recordou que este ano tomou a “difícil decisão” de renunciar à campanha de reeleição, encerrando sua carreira de 50 anos para dar lugar a “uma nova geração de lideranças para que o país possa avançar”, em referência à sua vice-presidente, Kamala Harris, que enfrentará o republicano Donald Trump nas eleições de novembro.
– Caros líderes, nunca nos esqueçamos: há coisas que são mais importantes do que permanecer no poder – frisou.
A Plataforma Unitária Democrática (PUD) da Venezuela, principal coligação de oposição liderada por María Corina Machado, reivindica a vitória nas eleições de julho do seu representante, Edmundo González Urrutia, reconhecido como vencedor pelos Estados Unidos.
González Urrutia exilou-se recentemente na Espanha, denunciando ter sofrido perseguições judiciais no seu país, mas Machado assegura que o candidato tomará posse como presidente no dia 10 de janeiro.
*Com informações da Agência EFE
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