São Paulo registra 76 mortes por síndrome respiratória aguda

Fumaça das queimadas e poluição aumentam problemas respiratórios.

São Paulo Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A cidade de São Paulo registrou, entre agosto e a primeira semana de setembro, 76 mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde em meio a um aumento significativo de poluição do ar. Nesta segunda-feira (9), o site suíço IQAir apontou a capital paulista como a cidade com o pior índice de qualidade do ar no mundo.

Uma névoa densa de poluição tem modificado a coloração do céu e durante as tardes o sol assume uma aparência alaranjada. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências, essa névoa seca é formada principalmente por

 fuligem proveniente de queimadas florestais que ocorrem desde agosto, além de poeira e poluentes típicos da cidade.

 

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo, com avisos para 14 estados brasileiros. Desses, oito estão em alerta vermelho devido à qualidade do ar. O Inmet prevê que a situação só deverá melhorar com a chegada das chuvas, esperadas para o dia 20 de setembro.

O aumento da poluição também provocou uma escalada no número de atendimentos médicos. Desde o início das queimadas, casos de bronquite aguda, sinusite e conjuntivite se tornaram mais frequentes. A Secretaria de Saúde alertou que, além de problemas respiratórios, a fumaça das queimadas pode causar complicações cardiovasculares, como angina, doença arterial coronariana e até infarto.

Especialistas recomendam que a população beba água regularmente, evite atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h, e use umidificadores de ar em casa ou no trabalho para amenizar os efeitos da poluição.

Por: Leiliane Lopes

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