Pelo menos sete pessoas morreram e 35 ficaram feridas num ataque de mísseis e drones russos contra a cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, na madrugada de quarta-feira, segundo as autoridades locais.

Entre as vítimas mortais estão três crianças e um profissional de saúde.

O Presidente da Câmara de Lviv, Andrii Sadovyi, disse num discurso em vídeo que mais de 50 casas, duas instituições médicas e duas escolas ficaram danificadas.

Durante a noite, um ataque em Kryvyi Rih, a cidade natal do Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, fez cinco feridos, segundo informou o chefe regional Serhii Lysak na manhã de quarta-feira.

Zelenskyy reagiu aos ataques, exortando os aliados da Ucrânia a darem a Kiev “mais margem de manobra” para utilizar as armas ocidentais para atacar mais profundamente o território russo.

Foram também registados ataques com mísseis noutras cidades do país, incluindo a capital, Kiev, Sumy, Lutsk e Rivne.

Nos últimos 10 dias, a Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra a Ucrânia, mais recentemente em Poltava, Kiev, Kharkiv, Dnipro e Zaporizhzhia. Este facto ocorre no contexto da recente incursão da Ucrânia na região russa de Kursk.

Número de mortos no ataque de Poltava ultrapassa os 50

O ataque desta quarta-feira ocorreu apenas um dia depois de dois mísseis balísticos russos terem atingido uma academia militar e um hospital próximo em Poltava, matando mais de 50 pessoas, sendo já considerado o ataque mais mortífero de ano em solo ucraniano.

A notícia do ataque foi partilhada pela primeira vez por Zelenskyy na terça-feira, citando relatórios preliminares.

Os mísseis atingiram o coração do edifício principal do Instituto Militar de Comunicação de Poltava, provocando a queda de vários andares. Não demorou muito para que o cheiro a fumo e a notícia do ataque mortal se espalhassem pela cidade do centro-leste.

“As pessoas encontravam-se debaixo dos escombros. Muitas foram salvas”, disse Zelenskyy num vídeo publicado no seu canal Telegram. Zelenskyy ordenou uma investigação sobre o ataque e reiterou os pedidos de ajuda de Kiev aos seus aliados, nomeadamente os apelos a mais equipamentos de defesa antiaérea que permitam o país defender-se dos mísseis russos.