Em meio à crise política, Maduro antecipa Natal para 1° de outubro

“Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança”, disse o ditador venezuelano.

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Envolto em uma grave crise política, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou o adiantamento do Natal para o dia 1° de outubro, em medida considerada uma “cortina de fumaça” por especialistas. A transferência do feriado no país vizinho foi anunciada, nesta segunda-feira (2), pelo chavista em um programa de auditório que ele mesmo apresenta.– Está chegando setembro e se diz: “Setembro já cheira a Natal”. E por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro. Começa o Natal em 1º de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança – escreveu.

Apesar de o líder venezuelano falar em “paz, felicidade e segurança”, o país vive profunda instabilidade devido às acusações de fraude eleitoral contra o chavista. O pleito, que foi realizado no último dia 28 de julho e que teria dado vitória para Maduro segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), é contestado por diversos países e pela própria população venezuelana.

Desde então, protestos contra o regime chavista foram realizados e resultaram na morte de 25 pessoas, além da prisão de mais de mil indivíduos, entre eles crianças e adolescentes, conforme divulgado pelo The Washington Post.

Esta não é a primeira vez que Maduro antecipa o Natal. Em 2020, durante a pandemia da Covid-19, ele anunciou que as comemorações iniciariam no dia 15 de outubro, como uma forma de desviar a atenção popular em meio aos problemas que o país vivia.

Controlada pelo chavismo, a Justiça da Venezuela aceitou, nesta segunda, o pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra Edmundo González Urrutia, principal adversário de Maduro nas últimas eleições e verdadeiro vencedor do pleito, segundo as atas divulgadas pela oposição. González é acusado de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa.

Por: Thamirys Andrade

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