‘Nenhum governo democrático reconheceu a fraude de Maduro’.

Declaração foi feita pela líder opositora venezuelana María Corina Machado.

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse nesta quarta-feira (28) que “nenhum governo democrático do mundo reconheceu” a reeleição de Nicolás Maduro, cuja vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho ela considera uma “fraude”, assim como grande parte da comunidade internacional.

– Nenhum governo democrático do mundo reconheceu a fraude de Maduro. A Venezuela votou pela mudança e (o representante do maior bloco de oposição, a Plataforma Unitária Democrática, PUD) Edmundo González Urrutia é o nosso presidente eleito – declarou a ex-deputada a centenas de apoiadores que se reuniram em Caracas.Sob o lema “Ata mata sentença”, a oposição se reuniu para defender as atas de votação publicadas pela PUD – segundo as quais González Urrutia ganhou a presidência por uma ampla margem – contra a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado por juízes chavistas, que validou a vitória de Maduro.

– Eles acreditavam que, com essa decisão, que nem sequer pode ser chamada de sentença, enganariam alguns países ou dariam desculpas para que, com essa vagabundagem, alguém reconhecesse a fraude do CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Ninguém aceitou essa armadilha – continuou a ex-deputada, que chamou de “aberração” o apoio dado pelo TSJ ao líder chavista.

– Colocaram o TSJ como um braço de repressão e perseguição política – ressaltou.

Um mês após a alegação de fraude eleitoral e enquanto Maduro tem o apoio de todas as instituições, apesar do questionamento internacional, Machado reiterou que a PUD tem “uma estratégia robusta” que “está funcionando”, sem dar detalhes.

– Vamos fazer com que ele (o governo, que defende a vitória de Maduro) ceda, e ceder significa respeitar a vontade expressa pelo povo em 28 de julho – observou.

Diversos países e organizações internacionais se recusaram a reconhecer a vitória de Maduro e exigiram que o CNE publique os resultados desagregados, conforme estabelecido no cronograma eleitoral, enquanto alguns governos já reconhecem González Urrutia como o vencedor das eleições.

Enquanto isso, o chavismo afirma que mais de 60 nações “aclamaram a vitória de Maduro”, incluindo China, Irã e Rússia, além de Cuba e Nicarágua.

*EFE

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