Nos últimos dias, Amazônia teve um foco de queimada por minuto

Bioma teve mais de 10 mil focos de incêndios apenas nos últimos sete dias

Queimadas deixam horizonte de Manaus com densa fumaça Foto: EFE/Raphael Alves

Amazônia tem sofrido em 2024 com um aumento no número de focos de queimadas na comparação com os últimos anos. Ao todo, já são 53.620 pontos de incêndio entre 1° de janeiro e 27 de agosto, número 83% maior que os 29.278 registrados no mesmo período do ano passado. Nos últimos sete dias, por sinal, o quadro se agravou e a média de focos passou de um por minuto.De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 21 e 27 de agosto foram registrados 10.429 focos de queimadas, com destaque para a última segunda-feira (26), quando esse número chegou a 1.988 pontos em um único dia. Ao longo dos sete dias analisados, a média foi de 1,03 foco por minuto.

Se o recorte for para um intervalo ainda menor, levando em conta apenas os resultados apurados entre o último domingo (25) e esta terça (27), a média aumenta para 1,14 foco por minuto, com 4.946 pontos de incêndios nos últimos três dias. Esse número em si já é maior que a soma das queimadas registradas na Caatinga e Pampa entre 1° de janeiro e 27 de agosto deste ano.

Caso o bioma mantenha, nos quatro dias restantes deste mês, a média registrada na última semana, a tendência é que a quantidade de queimadas na Amazônia atinja o pior patamar para agosto desde 2010, quando foram anotados 45.018 focos de incêndios no oitavo mês do ano. Até esta terça (27), o número era de 28.697 focos em agosto de 2024.

Por Paulo Moura

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