Costantino, diretor da Perini Navi, forneceu uma análise minuciosa, destacando que o capitão deveria ter tomado medidas preventivas cruciais antes da tempestade.
O capitão, segundo Costantino, “deveria ter fechado todas as aberturas, levantado âncora, ligado o motor, apontado para o vento e baixado a quilha”. Essas ações teriam estabilizado o iate e possibilitado a travessia da tempestade conforme esperado. No entanto, os destroços encontrados indicam falhas significativas nestes procedimentos técnicos.
Quilha Levantada: Um Possível Erro Fatal
A quilha do iate, com dez metros de comprimento, foi encontrada levantada após o acidente. Desenvolvida para auxiliar na estabilização do barco, a quilha funciona como um contrapeso crucial em eventuais rajadas de vento. A ausência desta estabilização pode ter sido um fator determinante no naufrágio.
Como Procedimentos Técnicos Podem Evitar Tragédias?
Os procedimentos técnicos e suas execuções corretas são essenciais para a segurança em navegações marítimas. Confira alguns dos passos que devem ser sempre seguidos durante tempestades:
- Fechamento de aberturas: Evita a entrada de água, mantendo a flutuabilidade.
- Levantamento de âncora: Permite manobras mais precisas.
- Ligação do motor: Garante propulsão contínua.
- Posicionamento contra o vento: Reduz o impacto de rajadas.
- Baixamento da quilha: Estabiliza o barco contra movimentos bruscos.
Uma gravação de câmera de segurança mostra o mastro do iate iluminado durante uma forte chuva. Em poucos segundos, o mastro começa a entortar até desaparecer completamente. A gravação é uma evidência visual clara do rápido afundamento.
Condições meteorológicas extremas, como uma tromba d’água, podem ter causado o naufrágio. Este fenômeno se assemelha a um tornado violento, gerando movimentos de sucção entre o céu carregado de nuvens e a superfície marítima. Quando ocorre no mar, a tromba d’água forma um pequeno tornado altamente destrutivo.
Tromba D’água: A Causa do Naufrágio?
O fenômeno da tromba d’água é uma hipótese para o trágico acidente. Esse fenômeno meteorológico cria um tornado marítimo, que, ao tocar a superfície, provoca uma força de sucção extremamente violenta. Assim que a tromba d’água toca a terra ou uma embarcação, ela perde força, mas não sem causar potencial destruição.
A tragédia envolvendo o naufrágio do iate reforça a importância da observância rígida aos procedimentos técnicos em navegação. O treinamento contínuo da tripulação e a preparação meticulosa para condições climáticas adversas são cruciais para garantir a segurança marítima.
Portanto, é fundamental que todos os procedimentos de segurança sejam seguidos à risca, especialmente em situações de risco elevado. A análise de Costantino é um lembrete poderoso da importância dessas práticas e da necessidade de sempre estar preparado para o inesperado no mar.
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