Governo Milei: Venezuela está perto de recuperar democracia

Declaração ocorre às vésperas da eleição venezuelana.

Javier Milei Foto: EFE/Agustín Marcarian POOL

O governo da Argentina considerou, nesta sexta-feira (26), que a Venezuela está “cada vez mais perto de recuperar a plena democracia” e reiterou seu desejo de que “se respeite o direito de votar” nas eleições do próximo domingo (28) no país.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, manifestou em sua habitual entrevista coletiva na Casa Rosada, sede do governo, o “compromisso inabalável” do Executivo “com a transparência eleitoral, os direitos humanos e a liberdade de expressão”.– Neste domingo, os olhos do mundo estarão voltados para a Venezuela – acrescentou.

Por outro lado, Adorni transmitiu o descontentamento do governo com um comunicado da organização Mães da Praça de Maio em apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, antes das eleições e no qual descreveram o presidente Javier Milei como “fascista”.

O porta-voz manifestou ainda “espanto e consternação” com a decisão do governo venezuelano de revogar o convite ao ex-presidente argentino Alberto Fernández para viajar ao país para servir como observador internacional nas eleições do próximo domingo.

Segundo a explicação do próprio Fernández, o governo venezuelano considerou que declarações feitas por ele em uma emissora argentina apelando ao respeito pelo processo democrático “causaram aborrecimento e levantaram dúvidas” sobre sua “imparcialidade” e que sua coincidência com as declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, “gerou uma espécie de desestabilização do processo eleitoral”.

As declarações de Adorni desta sexta seguem-se a uma troca de acusações entre os governos dos dois países nos últimos dias. Depois das declarações por parte de Maduro no último domingo (21), qualificando Milei de “fascista”, o porta-voz da presidência argentina respondeu o ditador venezuelano na última terça-feira (23).

– O ditador Maduro expulsou milhões de venezuelanos de seu país, foi denunciado por perseguição e detenção de opositores, denunciado por tortura e, além disso, fechou o Congresso. Então teríamos que perguntar quem é mais parecido com o regime nazista – disse Adorni.

As relações entre Argentina e Venezuela – que foram estreitas durante os mandatos dos peronistas Néstor Kirchner (2003-2007), Cristina Kirchner (2007-2015) e Alberto Fernández (2019-2023) – pioraram desde dezembro do ano passado, quando Milei, que teve sérias e constantes divergências com Maduro, tornou-se presidente.

*EFE

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