Brasil tem dois celulares levados por ladrões a cada minuto

Dados são do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Celular (Imagem ilustrativa) Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A cada minuto, praticamente dois celulares foram levados por ladrões ao longo do ano passado no Brasil. Ao todo, quase 1 milhão de registros desse tipo de ocorrência (937,2 mil) foram feitos nas delegacias do país em 2023. Embora a percepção da insegurança seja crescente em grandes centros urbanos, o volume total de furtos caiu 4,7% ante o ano anterior.

Outros tipos de crimes contra o patrimônio, como roubos a estabelecimentos, de cargas ou ataques a bancos também tiveram queda. O número total de roubos foi 870 mil, 10,9% a menos do que no ano anterior. Os dados constam do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta (18).O estudo mostra que vias públicas concentram o maior percentual de roubos de telefones, com oito em cada dez casos (78%). Os furtos, por sua vez, são mais espalhados: 44% foram nas vias públicas, 14% em estabelecimentos comerciais ou financeiros, e 13% dentro das próprias residências, entre outros.

– O aparelho celular ainda é o meio híbrido que faz a passagem do crime patrimonial, de rua, para o crime patrimonial virtual-cibernético. Proporcionalmente, os aparelhos mais visados são iPhones, da Apple. Isso não é à toa: quem tem iPhone é uma classe com maior poder aquisitivo. Roubar um iPhone é sinônimo de que ele tende a gerar mais dinheiro do que se roubar outro aparelho – explica Renato Sérgio de Lima, que é presidente do Fórum.

SÃO PAULO
São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. A capital registra 1,7 mil celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2 mil) e Teresina (1,8 mil).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra que as ocorrências estão migrando cada vez mais para outras regiões da capital. Se antes o maior número de casos era visto em áreas do centro, agora bairros como Perdizes, na Zona Oeste, veem alta de crimes desse tipo.

Outros cinco municípios paulistas aparecem entre os 25 com maiores taxas de subtração de aparelhos: Itapecerica da Serra (13º lugar), Diadema (14º), Poá (18º), Guarujá (19º) e Ferraz de Vasconcelos (25º).

Outros dois crimes bastante comuns no país – os roubos e furtos de veículos – tiveram redução de 9% no ano passado. As quedas mais expressivas foram no Tocantins (- 39,4%) e em Sergipe (- 38%). Em São Paulo, a redução foi de 7,6%. Em compensação, Pernambuco registrou alta de 9,9% de casos. Os estabelecimentos comerciais, por sua vez, viram reduzir os índices de roubos em 18,8% no país.

*AE

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