“Deveria estar morto”, diz Trump em 1ª entrevista pós-ataque

Ex-presidente afirmou que, se não tivesse virado a cabeça para conferir um gráfico, o tiro teria sido mortal.

Donald Trump sendo retirado de comício após atentado Foto: EFE/EPA/DAVID MAXWELL

Em sua primeira entrevista após o atentado sofrido em comício na Pensilvânia no último sábado (13), o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que ele “deveria estar morto” e que sua sobrevivência é um “milagre”.

A bordo de seu avião particular rumo a Milwaukee, onde formalizará sua candidatura à Casa Branca nesta segunda-feira (15), o republicano disse ao jornal The New York Post que, se não tivesse virado a cabeça ligeiramente para a direita a fim de conferir um gráfico sobre imigração ilegal, a bala teria atingido mortalmente sua cabeça. Em vez disso, o projétil passou de raspão em sua orelha direita, espirrando sangue em seu rosto.– O médico do hospital disse que nunca tinha visto nada parecido, falou que era um milagre – contou ele, com parte da cabeça enfaixada, e com um hematoma no antebraço direito.

Trump frisou estar “grato” e chamou a experiência de “muito surreal”. Ele elogiou o trabalho dos agentes do Serviço Secreto que se atiraram sobre ele como “linebackers” tão logo o tiroteio teve início e que o levaram para fora do palco.

O ex-presidente relatou que queria continuar falando com seus apoiadores, mas que os agentes afirmaram que não era seguro.

SOBRE O ATENTADO CONTRA TRUMP
Trump foi retirado às pressas do palco, no último sábado, depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava em Butler, no estado da Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças.

O republicano falava sobre a travessia na fronteira em evento de campanha na Pensilvânia, estado-chave nas eleições americanas, quando estrondos começaram a ecoar pela multidão.

Após uma breve pausa, Trump se levantou, rodeado por agentes uniformizados do Serviço Secreto. Ele ergueu o punho enquanto era ovacionado pela multidão ao ser retirado do palco e declarou “lutem, lutem, lutem” para os apoiadores.

O atirador foi morto por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, o jovem tinha explosivos no carro e usou um fuzil do tipo AR-15. O ataque ocorreu de um telhado que ficava a cerca de 130 metros do palco onde Donald Trump discursava.

Um dos espectadores da plateia acabou morto ao tentar proteger sua família. A vítima chamava-se Corey Comperatore, e era um bombeiro de 50 anos, pai de duas filhas. Segundo o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, Corey Comperatore foi atingido ao se jogar na frente de sua família durante o ataque.

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