Di Maria e Messi seguram o troféu da Copa América 2024 (Foto: Carmen Mandato / AFP)
O jejum de títulos que a Argentina viveu até 2021, quando recuperou a Copa América, se traduzia na dependência extrema de um craque. Era, na verdade, O craque: Lionel Messi. Quando uma equipe tem um extra-classe como ele acaba por montar um estilo de jogo que favoreça seu talento. As equipes entre 2010 e 2019 bem que tentaram potencializar esse protagonismo, mas erraram a mão. O fundo do poço veio quando o próprio Messi errou um pênalti na final da Copa América de 2016. Em seguida, avisou: “não jogo mais pela seleção”.
O craque reconsiderou e voltou. Junto, o amigo Di Maria. Mas foi preciso uma reconstrução, um novo treinador – bem mais jovem, Lionel Scaloni – para o surgimento de um novo Messi na seleção. O estilo de jogo mudou. A equipe trabalhava para os craques, mas sem perder o talento. O grupo sabia do protagonismo da dupla, embora entendesse que isso não bastaria para colecionar títulos. Era preciso mais empenho, mais tática, mais futebol bem jogado, mais estratégia.
A conquista do Mundial 2022 foi o ápice dessa equipe Messidependente. Mas as Copas América de 2021 e a de 2024 surfaram nessa onda. Só que apareceu um fato novo: mesmo sem a dupla, a Argentina tem vida. O gol que deu o título na prorrogação contra a Colômbia é talento puro de dois reservas: Lo Celso dá uma assistência perfeita para o matador Lautaro Martinez carimbar as redes. Os dois saíram do banco poucos minutos antes. Não estava Messi. Di Maria já se arrastava, cansado.
Existe talento além de Messi e Di Maria na super Argentina. A filosofia Scaloni criou um grupo de 22 titulares. É claro que um craque como Lionel Messi sempre faz falta. E a velocidade de Di Maria também. Mas a bicampeã da Copa América mostrou mais talentos e segue com muito bom futuro para as próximas competições. Ainda que a dupla não esteja mais no grupo. Mas se eles decidirem jogar mais uma Copa, por que não?
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