Extrema-esquerda causa tumulto na França após resultado eleitoral
Militantes fizeram barricadas e lançaram morteiros na direção de policiais.
Após os resultados das eleições legislativas da França serem conhecidos neste domingo (7), a tradicional Place de la République, em Paris, virou palco de vandalismo e confusão causada principalmente por militantes da extrema-esquerda, que resolveram entrar em confronto contra a polícia. De acordo com o jornal francês Le Parisien, os embates começaram pouco antes das 22h (17h pelo horário de Brasília).
Vídeos que circularam pela rede social X mostraram diversas pessoas gritando “ganhamos” e “todo mundo odeia Bardella”, em referência ao eurodeputado Jordan Bardella, líder do partido de direita Reagrupamento Nacional.
Por volta das 23h, a escalada de violência aumentou quando objetos foram lançados contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo.
Imagens filmadas por jornalistas no local também mostraram uma barricada montada pelos manifestantes, além do lançamento de morteiros na direção dos policiais.
De acordo com o Le Parisien, os serviços de inteligência já esperavam um “endurecimento” a partir de domingo à noite por parte dos “movimentos extremistas” e, por isso, cerca de 30 mil policiais foram mobilizados, incluindo 5 mil em Paris.
Nas urnas, o Ministério do Interior da França divulgou que a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar nas eleições, com 182 assentos da Assembleia Nacional. A coalizão centrista do presidente Emmanuel Macron, intitulada Juntos, veio em seguida, com 168 cadeiras. A direita, representada pelo partido Reagrupamento Nacional e seus aliados, ficou com 143 assentos.
Segundo o levantamento do jornal francês Le Monde, com base nos dados do ministério, os outros partidos ficaram divididos da seguinte maneira: os republicanos, de centro-direita, terão 45 assentos, os outros partidos de direita ficarão com 15, as outras legendas de esquerda com 13, os outros partidos de centro terão seis, os regionalistas terão quatro, e os partidos considerados diversos terão um congressista.
Por: Paulo Moura
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