Projeto para avisar vítimas sobre saída de condenados tem avanço

Proposta foi aprovada na Comissão de Segurança Pública da Câmara e segue para a CCJ da Casa.

Projeto prevê aviso a vítimas de que condenados foram soltos Foto: Pixabay

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 834/2024, que determina que vítimas de agressões sejam notificadas quando seus agressores condenados forem soltos. A proposta pede que agentes de segurança pública também sejam avisados a fim de impedir a revitimização.O texto foi aprovado na última terça-feira (18) e será avaliado agora pela principal Comissão da Casa antes de ir ao Senado Federal: a de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Sob autoria do deputado Júnior Mano (PL-CE), o projeto estabelece que as informações da vítima sejam protegidas e a manutenção de todos os dados dos envolvidos respeite a Lei Geral de Proteção de Dados. Fica a cargo das instituições responsáveis pelo sistema penal a notificação. Elas deverão realizar esse trabalho em três situações: quando o condenado recebe o benefício da liberdade provisória, saídas temporárias ou em finalização da pena.

Para o autor, o projeto vai ao encontro de uma lacuna no arcabouço legal brasileiro, que ele diz ser a segurança das vítimas de crimes.

– A proposta visa a instituir um mecanismo de notificação eficaz que garanta a elas a oportunidade de tomar as precauções necessárias para sua segurança – explica.

Júnior Mano também argumenta que o projeto fortalece o sistema de Justiça criminal ao incluir os agentes de segurança pública, pois pode melhorar a cooperação entre as instituições penais e as forças de segurança.

O relator do caso, deputado Delegado Palumbo (MDB-SP), aprovou o projeto com texto em substitutivo. Ele inseriu à proposta que penitenciárias adicionem imagem atualizada do condenado na notificação, argumentando que a ideia facilita o reconhecimento visual do detento por todas as partes.

– Isso ajuda a garantir que a identidade do indivíduo solto seja verificada de forma precisa, mitigando o risco de confusão ou erros de identificação que poderiam comprometer a segurança das vítimas e de toda a comunidade – diz.

*AE

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