Lula volta a defender exploração de petróleo na Margem Equatorial

Grupos ambientalistas, midiáticos e internacionais se opõem à exploração da região.

Lula Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira durante a abertura do Fórum de Investimentos Prioridade 2024, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12). O evento é organizado pelo Instituto da Iniciativa de Investimentos Futuros (FII Institute), da Arábia Saudita.

– Nós [o Brasil], a hora que começamos a explorar a chamada Margem Equatorial, eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo. Mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer – afirmou.

A Margem Equatorial, considerada um possível “novo pré-sal”, abrange a área da costa do Rio Grande do Norte até o Amapá, incluindo as bacias hidrográficas da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

Grupos ambientalistas, midiáticos e internacionais se opõem à exploração da região, destacando os riscos para a biodiversidade, especialmente na foz do Rio Amazonas.

– Nós temos um debate técnico que tem que ser feito. O problema é que no Brasil tudo é polemizado. Você tem petróleo em um lugar, a Guiana está explorando, Suriname está explorando, Trinidad e Tobago explora, você vai deixar o seu sem explorar? Então, o que nós precisamos é garantir que a questão ambiental será levada 100% a sério. Então, isso nós vamos garantir e, por isso, vamos conversar muito sobre isso – comentou Lula.

A Petrobras possui poços na Margem Equatorial e planeja investir mais na área, destinando US$ 3,1 bilhões para pesquisas até 2028, com a expectativa de perfurar 16 poços.

Em maio do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou um pedido da Petrobras para perfuração no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras reapresentou o pedido, que ainda aguarda resposta, enquanto outras perfurações na Bacia Potiguar receberam autorização do Ibama.

Por: Leiliane Lopes

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