Usuários de cigarro eletrônico têm até seis vezes mais nicotina no organismo que fumantes de cigarro normal
Foto: Reprodução/Pixabay
Um estudo envolvendo 200 usuários de cigarros eletrônicos (vape) revelou que os níveis de nicotina nesses indivíduos são até seis vezes maiores do que nos fumantes de cigarros convencionais. A pesquisa foi conduzida por Elaine Cristine D’Amico, da Vigilância Sanitária Estadual, e Marcelo Filonzi dos Santos, do Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
De acordo com o estudo, realizado em conjunto com o Instituto do Coração (Incor) e o Laboratório de Toxicologia da FMUSP, o uso de cigarros eletrônicos resulta em níveis de intoxicação mais elevados do que o cigarro comum.
Atualmente, 3% da população brasileira utiliza cigarros eletrônicos. “Parar de usar o produto por conta própria é uma fantasia”, afirma Scholz. “Trata-se de um produto altamente viciante que contém substâncias extremamente tóxicas, que afetam também as pessoas ao redor.”
A cardiologista destacou que os riscos à saúde dos usuários de cigarros eletrônicos são duas vezes maiores para a ocorrência de infarto ou AVC. O uso concomitante dos dois tipos de cigarro quadruplica os riscos.
Características do cigarro eletrônico:
O cigarro eletrônico é um dispositivo em forma de cigarro convencional ou caneta, contendo uma bateria interna e um dispositivo onde é inserido um líquido concentrado de nicotina. Além disso, são introduzidos produtos solventes como propilenoglicol, glicerina vegetal e aromatizantes para dar sabor, que são aquecidos e inalados.
Outros nomes deste tipo de cigarro incluem vape, smok, e-cigarete, ecigar, juul ou tabaco aquecido. Ele entrou no mercado com o objetivo de ser uma alternativa para substituir o cigarro comum e ajudar os usuários a largarem o vício, mas acabou se revelando um perigo ainda maior.
Terra Brasil Notícias
ranoticias.com