Hamas aceita proposta de trégua dos EUA, afirma Egito.
Tanto grupo terrorista quanto Netanyahu consideram que a proposta tem lacunas.
Em anúncio nesta segunda-feira (3), o Egito informou que o Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza elaborada pelos Estados Unidos. De acordo com Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do governo egípcio, o grupo terrorista “acolheu positivamente” a ideia, e agora aguarda uma “resposta de Israel”.
As declarações ocorreram em coletiva de imprensa em Madri, na Espanha, ao lado do chanceler espanhol, José Manuel Albares. Na ocasião, Shoukry disse apreciar a postura do país europeu em “favor da causa palestina, especialmente após o reconhecimento do Estado Palestino”. Ele ainda declarou que as práticas de Israel expuseram Gaza “ao caos” e violam o “direito internacional”. Sameh concluiu desaprovando a ocupação israelense em Rafah.Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, analisou que há “lacunas” entre a proposta israelense e a versão anunciada por Biden. Ele frisou que a trégua seria temporária e não significaria o fim da guerra, iniciada após atentado do Hamas no último dia 7 de outubro.
– A proposta apresentada por Biden está incompleta. A guerra será interrompida para que os reféns sejam resgatados e, em seguida, manteremos negociações. Há detalhes que o presidente dos EUA não apresentou ao público – assinalou o premiê.
PROPOSTA DE BIDEN
A proposta do presidente dos EUA feita no último dia 31 de maio inclui três partes. A primeira, envolve um cessar-fogo de seis semanas, a retirada do exército israelense das regiões povoadas de Gaza, aumento de ajuda humanitária e troca de reféns idosos ou feridos por prisioneiros palestinos.
A segunda e terceira fases incluiriam negociações e diálogo intenso, que caso sejam bem-sucedidos levariam ao “fim permanente das hostilidades” e a libertação dos demais reféns.
No entanto, os detalhes sobre esse diálogo ainda são desconhecidos, o que também motivou críticas por parte dos líderes do Hamas. Para eles, a proposta é ambígua e não traz um compromisso sólido estadunidense com o fim do conflito.
Por: Thamirys Andrade
PLENO.NEWS