Governo Lula insere MST na equipe que discutirá Plano Safra.

Gestão petista tem ido na contramão do Congresso, que tenta reduzir influência do movimento.

Lula em visita ao assentamento do MST Foto: Ricardo Stuckert/Lula

Se, de um lado, o Congresso Nacional atua para tentar reduzir a influência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com, por exemplo, a aprovação de um projeto de lei na Câmara que retira de invasores a possibilidade de integrar programas assistenciais, do outro, o governo Lula (PT) tenta trazer o grupo ainda mais para dentro do Estado.

A mais nova atitude da gestão petista em prol do MST foi a nomeação, pelo Executivo, da agremiação como integrante de um grupo de entidades convocadas para discutir a elaboração do Plano Safra da Agricultura Familiar (Pronaf) 2024/2025, que deverá disponibilizar mais de R$ 70 bilhões para pequenos agricultores.

Para justificar a inclusão do movimento no grupo, a portaria que instituiu a criação da equipe de trabalho, assinada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, diz que foi considerada “a relevância das organizações representativas da agricultura familiar” no “debate e formulação de políticas para o fortalecimento da organização produtiva deste segmento”.

Junto do MST, também farão parte do grupo de trabalho algumas entidades que simpatizam com o movimento, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil (Contaf) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Por outro lado, o Congresso segue em sua tentativa de conter o apoio do governo Lula ao movimento. Na última terça-feira (28), por exemplo, os parlamentares federais derrubaram um veto do presidente Lula e retomaram a proibição de a União realizar despesas que direta ou indiretamente promovam, incentivem ou financiem invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas.

Por: Paulo Moura

PLENO.NEWS

Deixe uma resposta