O setor habitacional foi o mais afetado, totalizando um prejuízo de R$ 4,6 bilhões, segundo os prefeitos. De acordo com o levantamento da CNM, aproximadamente 109,7 mil casas foram danificadas ou destruídas.
No que diz respeito à infraestrutura pública, o prejuízo atual é de R$ 2,5 bilhões. Já no setor privado (atividades comerciais), os danos somam R$ 3,9 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões relacionados ao agronegócio após as chuvas no estado.
Na semana passada, durante a XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, os prefeitos apresentaram duas medidas estruturantes para enfrentar calamidades e situações de emergência no país. A primeira é uma Proposta de Emenda à Constituição que cria o Conselho Nacional de Mudanças Climáticas, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, protocolada pelo deputado Gilson Daniel (Podemos-ES). A segunda medida foi o lançamento do Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres.
Segundo dados da Defesa Civil, 471 municípios foram afetados. Desses, 340 decretaram situação de emergência e 78 estão em estado de calamidade pública.
No entanto, a CNM acredita que os números sejam ainda maiores. Isso ocorre porque apenas 130 prefeituras forneceram informações sobre os prejuízos públicos e privados. As informações são parciais e estão sendo atualizadas diariamente pelos gestores municipais à medida que o nível da água diminui em algumas regiões e aumenta em outras localidades.
Ontem, um ciclone extratropical se formou na costa do Rio Grande do Sul e agora está se afastando no Oceano Atlântico, seguindo uma trajetória para Leste. A imagem de satélite do GOES-16, capturada hoje, mostra a grande espiral de nuvens característica desse fenômeno meteorológico, localizada a Leste da Região Sul e ao Sul do Sudeste do Brasil.
Devido à circulação de ar seco impulsionada pelo ciclone, o tempo está bastante aberto no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. No entanto, a circulação de umidade proveniente do sistema no mar está trazendo nuvens para várias regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Apesar disso, de acordo com a análise dos modelos numéricos, o centro do ciclone apresenta uma pressão atmosférica em torno de 1000 hPa hoje, o que não configura uma baixa pressão muito intensa.