Sérgio Cabral apareceu de cadeira de rodas para depor na Justiça Federal na segunda-feira (20)

Rio – O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) autorizou, na tarde desta quinta-feira (23), a retirada da tornozeleira eletrônica de Sérgio Cabral. A decisão do juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da Vara de Execuções Penais (VEP), atende ao pedido da defesa do ex-governador para que ele possa fazer um exame de ressonância magnética.
O magistrado destacou que a determinação tem caráter excepcional e provisório. O exame está marcado às 9h desta sexta-feira (24) no Centro de Imagens do Hospital Copa D’Or, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. O ex-governador terá que voltar a colocar o monitoramento no mesmo dia, após a ressonância, “sob pena de configuração de violação das condições do monitoramento e eventuais consequências legais”.
 
Na segunda-feira (20), Cabral prestou seu primeiro depoimento na Justiça Federal desde que deixou a prisão em dezembro de 2022. Ele depôs no processo em que é acusado de repassar propina ao ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB). Com dores decorrentes de três hérnias, Cabral chegou a 7ª Vara Federal Criminal do Rio em uma cadeira de rodas.
Em postagens nas redes sociais, o ex-governador explicou porque precisou do amparo de uma cadeira de rodas para o novo depoimento. Ele também comentou sobre o pedido de retirada da tornozeleira. 
“Estou vendo na rede uns caras de pau dizendo que eu fui prestar depoimento de cadeira de rodas hoje, mas que eu treinei também. Eu não treino há mais de dez dias. Fiz uma cirurgia no dente na segunda-feira passada, com pontos, entrou pelo osso… Façam isso não. Falta do que fazer. Fui à 7ª Vara prestar depoimento de cadeira de rodas porque senão não conseguia chegar lá. Eu tive uma crise no sábado em que eu fui parar no hospital. Fui fazer uma tomografia. Estou com problemas de hérnia. Preciso fazer a ressonância, só que eu uso tornozeleira. Com a tornozeleira não dá porque estraga a máquina. Dói muito”, comentou.
A tornozeleira foi uma das medidas cautelares impostas ao ex-governador em dezembro de 2022, após ele deixar a Unidade Prisional da Polícia Militar em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O ex-governador também não pode se ausentar de sua residência, exceto mediante autorização da Justiça, e só poderá receber visitas de parentes até terceiro grau, advogados e profissionais de saúde.