Inundações repentinas matam ao menos 300 pessoas no Afeganistão.
Dados são da ONU.
Ao menos 300 pessoas morreram devido às fortes e repentinas inundações na província de Baghlan, no norte do Afeganistão, afirmou neste sábado (11) o Programa Alimentar Mundial (PAM), das Nações Unidas. A catástrofe natural se estende também a outras províncias do país.
– As inundações repentinas assolam o Afeganistão, matando mais de 300 pessoas em Baghlan e destruindo mais de mil casas – disse o PAM, que atribuiu o desastre natural às chuvas “excepcionalmente” fortes das últimas semanas e disse que estava distribuindo alimentos aos sobreviventes.
O governo interino talibã reduziu o número de mortes neste momento para 153 em várias províncias.
– O número de vítimas é elevado, embora, até agora e com base nas informações iniciais, 153 pessoas tenham morrido e centenas tenham ficado feridas, embora o número de mortes possa aumentar – disse à Agência EFE o porta-voz do Ministério do Interior afegão, Abdul Mateen Qani.
Segundo dados fornecidos pelos talibãs, 131 pessoas morreram em Baghlan, 21 na vizinha Takhar e outras duas em Badakhshan.
O Ministério de Gestão de Calamidades afegão indicou que as províncias de Samangan, Faryab, Herat e Ghor também foram afetadas, embora não tenha revelado dados sobre o número de vítimas.
– Infelizmente, centenas de nossos concidadãos sucumbiram a estas calamitosas inundações, enquanto um número considerável sofreu ferimentos, ordenamos às autoridades competentes que mobilizassem todos os recursos disponíveis para realizar as operações de resgate – disse o principal porta-voz dos fundamentalistas, Zabiullah Mujahid, em um comunicado.
O Afeganistão testemunhou fortes nevascas, intensas chuvas e inundações repentinas nas últimas semanas.
O país é um dos mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas e o menos preparado para se adaptar, segundo um relatório do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês).
A situação de vulnerabilidade é agravada pela interrupção de grande parte da ajuda internacional e o congelamento dos fundos do país, após a tomada do poder pelos talibãs em agosto de 2021.
*EFE