A tragédia que acomete o Rio Grande do Sul chegou ao ponto crítico de cidades alagarem mesmo sem a ocorrência de chuvas. Nas redes sociais, moradores têm compartilhado vídeos do fenômeno, que desperta questionamentos sobre como e por que acontece.

Engenheiro civil e doutor em recursos hídricos e saneamento ambiental, Fernando Dornelles explica. Ao Gazeta do Povo, ele conta que o acumulado dos temporais sobrecarregou o sistema hídrico de diversas regiões do estado.

Esse sistema consiste no trabalho de distribuição de água potável, tratamento de águas residuais, gestão de recursos hídricos e controle de inundações. Devido à catástrofe climática, que nos últimos dias fez chover a quantidade prevista para cinco meses, ele está atuando acima de sua capacidade.

Como resultado, há cidades em que essa água transborda por meio das tampas de bueiro, provocando alagamentos rápidos, mesmo que não haja chuva caindo sobre o local. Há relatos ainda de águas invadindo ruas em que nunca antes houve alagamentos.

CONFIRA OS DADOS FORNECIDOS PELA DEFESA CIVIL:
Municípios afetados: 428
Pessoas em abrigos: 67.563
Desalojados: 165.112
Afetados: 1.482.006
Feridos: 374
Desaparecidos: 136
Óbitos confirmados: 107
Óbitos em investigação: 1

AJUDE O RIO GRANDE DO SUL
Com 70% de seu território afetado pela calamidade climática, o estado sulista sofre com severos estragos, e sua ajuda é fundamental para que as vítimas possam recomeçar suas vidas. Uma das formas de fazer doações é o financiamento coletivo criado pelo influenciador Badin, o Colono. Acesse enchentes@vakinha.com.br e deixe sua contribuição!